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Zé Kéti – 100 Anos da Voz do Morro

    Comemorando o centenário de um dos principais compositores e sambistas brasileiros, série de apresentações percorre a sua trajetória musical com grandes artistas nacionais no palco do CCBB-BH

    Para celebrar os 100 anos do compositor e sambista brasileiro Zé Kéti, uma série de quatro shows inéditos, apresentando a carreira do consagrado artista, suas composições de sucesso, parceria com o cinema e seu grande amor pelo Carnaval e pela noite carioca, chega ao CCBB BH, onde faz temporada dos dias 19 a 22 de agosto, de quinta a domingo, às 20h, com sessões presenciais e on line, nos mesmos dias e horários com exibições no canal do Youtube do Banco do Brasil – www.youtube.com/bancodobrasil

    O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte – CCBBBH – apresenta, com patrocínio do Banco do Brasil, o projeto Zé Kéti – 100 Anos da Voz do Morro, realizado pela Duo Produções com idealização e curadoria da publicitária Stella Lima. Serão quatro apresentações no CCBBBH, reunindo atrações de diferentes gerações e um objetivo: enaltecer e perpetuar o legado do cantor carioca. João CavalcantiZé RenatoCristóvão BastosSururu na RodaCasuarinaFabiana CozzaMoacyr Luz e Nilze Carvalho são os convidados para interpretar as obras do saudoso artista.

     

    O projeto integra a programação do mês do aniversário do CCBB-BH, que completa 8 anos de atividade, no dia 27 de agosto.

    Além dos quatro shows, haverá palestra com o cantor, compositor e instrumentista Zé Renato, com 45 anos de bagagem musical; e bate-papo com o jornalista e músico, integrante do Casuarina, João Cavalcanti, e com a consagrada cantora Fabiana Cozza.

    João Cavalcanti e Fabiana Cozza vão debater o tema “Em tempo: machismo não é questão de opinião”, propondo uma conversa sobre o machismo dentro do universo do samba, usando letras de algumas canções de Zé Kéti como objeto de análise. O bate-papo abre um espaço para reflexão sobre as mudanças comportamentais das últimas décadas e como a escolha do repertório a ser reproduzido também é política.

    “Eu Sou o Samba”: João Cavalcanti e Fabiana Cozza (participação especial)

    A primeira apresentação, “Eu Sou o Samba”, em homenagem a Zé Kéti no seu centenário, passeia por vários momentos da vida e obra do compositor, com músicas que marcaram a sua carreira.

    A boemia e a malandragem cariocas, seus amores e desamores, o amor a Portela e ao Carnaval, a sua parceria com o universo cinematográfico e os encontros no Zicartola, icônico restaurante fluminense aberto por Cartola e sua esposa Zica, vão se alinhavar através de um repertório especialmente produzido para o show, sob o olhar especial de João Cavalcanti e participação especial de Fabiana Cozza.

    Toda essa efervescência musical que será apresentada vem de José Flores de Jesus, o Zé Keti. Desde cedo, se entrelaçou entre as notas musicais com o pai tocando cavaquinho e com o avô, flautista e pianista. Na sua casa, rodas de choros com visitas ilustres de Cândido (Índio) das Neves e Pixinguinha.

    Zé Quieto, como era chamado, e carinhosamente se tornou no sonoro Zé Kéti, na adolescência, conheceu os vibrantes ensaios das escolas de samba e subiu o morro para ouvir os tambores e bandolins, passando pelo tradicional Café Nice do Rio, point de compositores e instrumentistas.

    Com a noite carioca enraizada em suas veias e mergulhado no Carnaval carioca, compôs, em 1950, o samba que o tornaria conhecido entre as avenidas e rodas, “A Voz do Morro”, e que dá nome ao projeto em comemoração ao seu centenário. A música foi gravada originalmente pelo cantor Jorge Goulart, com arranjo de Radamés Gnatalli, transformando-se em tema de filme e programa de TV.

    Zé Kéti se transformou em representante do samba tradicional do morro carioca e uma referência para os músicos que vêm da bossa nova. Sua ligação com o cinema começou com um trabalho como assistente de câmera para um filme de Nelson Pereira dos Santos, e terminou com suas composições como trilha sonora de diversos títulos.

    “Zé Kéti e o Cinema”: Zé Renato e Cristóvão Bastos

    O segundo show da programação, “Zé Kéti, Samba, Carnaval e Cinema”, apresenta os consagrados Zé Renato e Cristóvão Bastos interpretando clássicos do sambista, reforçando a relação do compositor com o cinema nacional, que deixou um legado de clássicos como “A Voz do Morro”, “Flor do lodo” e “Malvadeza Durão.

    Uma das principais referências da música brasileira atual, Cristóvão Bastos aceitou o convite para participar deste projeto. Compositor, arranjador e pianista, acumula 60 anos de carreira, com 11 prêmios de música em diversas categorias, indicação ao Grammy e vencedor do Prêmio da Música Brasileira.

    Ao seu lado nesta comemoração, o cantor e compositor Zé Renato, dono de uma voz que, há 45 anos, vem deixando sua importância e singularidade. Fez parte do grupo Boca Livre e gravou dezenas de CD com a banda e seu projeto solo. Inclusive, o artista assina um trabalho em homenagem a Zé Kéti, lançado em 1996: “Natural do Rio de Janeiro”.

    Com um currículo como esse, explica-se o convite da produção do projeto “Zé Kéti – 100 Anos da Voz do Morro” para que Zé Renato comande a palestra sobre a obra do sambista.

    Sob o tema “Zé Kéti, Samba, Carnaval e Cinema”, Zé Renato vai falar sobre a obra do homenageado, a influência na sua carreira, a sua participação em trilhas musicais do cinema nacional de grandes diretores como Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues, as músicas escolhidas para cantar no repertório do show com Cristóvão Bastos, exemplificando musicalmente por meio de canções de Zé Kéti ao violão.

    “Diz que fui por aí”: Sururu na Roda e Moacyr Luz (participação especial)

    Os convidados para reviver os tempos áureos de Zé Kéti na terceira apresentação da série são Sururu na Roda e Moacyr Luz, que fará participação especial no terceiro show do projeto “Zé Kéti – 100 Anos de Vida”: Diz que fui por aí, no qual apresentarão, também, as parcerias com alguns dos amigos do sambista e clássicos da MPB.

    O grupo Sururu na Roda foi eleito o melhor grupo de samba pelo 25º Prêmio da Música Brasileira em 2014. A formação se destaca por revitalizar a Lapa carioca nos anos 2000. Formado atualmente por Fabiano Salek e Sílvio Carvalho, seus fundadores, e Ana Costa (cantora) e Alceu Maia (cavaquinhista e arranjador), o Sururu é responsável por renovar o samba com um toque carioca bem-humorado.

    Convidado para participar dessa celebração do centenário de Zé Kéti, Moacyr Luz é um nome de peso no samba brasileiro. O cantor e compositor, em seus mais de 40 anos de trajetória musical, assinou clássicos da MPB e parcerias com Aldir Blanc, Wilson das Neves, Paulo César Pinheiro, Hermínio Bello, entre outros, além de criar o Samba do Trabalhador, movimento de resistência cultural. Moacyr é um entusiasta e autor de sambas de enredo das escolas do Rio de Janeiro.

    Sururu na Roda e Moacyr Luz celebrarão Zé Quieto, como era chamado, e carinhosamente se tornou no sonoro Zé Kéti, na adolescência, conheceu os vibrantes ensaios das escolas de samba e subiu o morro para ouvir os tambores e bandolins, passando pelo tradicional Café Nice do Rio, point de compositores e instrumentistas.

    “Um sambista de opinião”: Casuarina e Nilze Carvalho (participação especial)

    No último show da série, o grupo Casuarina destaca um momento importante da música brasileira, a participação de Zé Kéti no emblemático show “Opinião”, com Nara Leão e João do Vale, marco de uma geração, com suas músicas em tempos sombrios de ditadura, nos quais a produção cultural era vigiada de perto.

    Formado em 2001, o Casuarina tem nove CDs gravados e dois DVDs, além de serem os bambas na arte de unir letras repletas de imagens e melodias inspiradas. Atualmente, o grupo é formado por Daniel Montes, Gabriel Azevedo, Rafael Freire e João Fernando. Dos tempos em que tocava na Lapa até hoje, o grupo chegou a uma carreira internacional, que o levou para inúmeros países da Europa, além de Angola, Canadá, Cuba e Estados Unidos. Esteve ao lado de grandes artistas no palco, como Alcione, Arlindo Cruz, Maria Rita, Monarco e Elza Soares.

    Ao ser flagrada pelo irmão mais velho tocando “Acorda Maria Bonita” no cavaquinho, Nilze Carvalho, aos cinco anos, começava uma história de amor com a música. Dos 11 aos 14 anos, gravou, como bandolinista, a série de LPs “Choro de Menina”, que lhe rendeu turnês pela Europa e Ásia. De volta ao Brasil, fundou com amigos o grupo Sururu na Roda. Cantou e tocou ao lado de grandes nomes da música, como Dona Ivone Lara, Zeca Pagodinho, Martin’ália, Nei Lopes e Nelson Sargento. Produzido pela própria Nilze e Zé Luis Maia, o CD “Verde Amarelo Negro Ani foi indicado ao Grammy Latino 2015, como Melhor Álbum de Samba/Pagode

    Programação

    19/08 – 20 horas – “Eu Sou o Samba”: João Cavalcanti e Fabiana Cozza (participação especial)

    Bate-papo com João Cavalcanti e Fabiana Cozza: “Em tempo, machismo não é questão de opinião”.

    20/08 – 20 horas – “Zé Kéti e o Cinema”: Zé Renato e Cristóvão Bastos

    Palestra com Zé Renato: “Zé Kéti, Samba, Carnaval e Cinema”.

    21/08 – 20 horas – “Diz que fui por aí”: Sururu na Roda e Moacyr Luz (participação especial)

    22/08 – 20 horas – “Um sambista de opinião”: Casuarina e Nilze Carvalho (participação especial)

     

    ZÉ KÉTI CEM ANOS DA VOZ DO MORRO

    Classificação: Livre – Duração: 120 minutos

    Data/Horário: 19 a 22 de agosto , quinta a domingo, às 20h

     

    Local: Presencial – Teatro I – CCBB BH – Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte (MG)

     

    Ingressos: À venda no site eventim.com.br

    R$ 30,00 (inteira) – R$ 15,00 (clientes Banco do Brasil que pagarem com Ourocard e meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e suas acompanhantes e casos previstos em Lei).

     

    Sessões online grátis – nos mesmos dias e horários das sessões presenciais pelo canal do Youtube do Banco do Brasil – www.youtube.com/bancodobrasil

     

    Mais informações: (31) 3431-9400 I (31) 3431-9503

    Ouvidoria BB 0800 729 5678

    Deficiente auditivo ou de fala 0800 729 0088

    Obs: O CCBB BH não tem estacionamento.

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