Programação oficial e atrações que estarão na virada deste ano
A partir das 19h deste sábado, dia 16, a energia da cultura pulsará durante as 24 horas da Virada Cultural de Belo Horizonte 2021, uma realização da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico. O conceito da 6ª edição representa o momento de retomada gradual que o setor vive: “Cultura vibra, viva, vira”. Por meio do canal da Fundação Municipal de Cultura no YouTube (youtube.com/canalFMC), o público terá acesso a mais de 200 horas de programação totalmente gratuita, com conteúdos pré-gravados ou ao vivo, com tradução em libras, em nove espaços de transmissão simultânea. Intervenções urbanas também poderão ser vistas pelo hipercentro da capital, em formatos programados para evitar aglomerações. Todas as apresentações seguem os protocolos de prevenção à covid-19 vigentes em Belo Horizonte, incluindo a testagem de todos os profissionais envolvidos na produção. As informações sobre a edição poderão ser acompanhadas no site oficial viradacultural.pbh.gov.br.
A Virada Cultural deste ano conta com mais de 2,1 mil artistas e suas equipes envolvidas nas 329 atrações que compõem a programação, atendendo a gostos variados, diversas faixas etárias, abrangendo as áreas de música, intervenções e instalações urbanas, cultura popular, gastronomia, cinema, teatro, dança, circo, artes visuais, moda e design, bem-estar e saúde, literatura, feira digital e outras.
“A Virada Cultural de Belo Horizonte, que integra as políticas públicas municipais direcionadas à Cultura, é um evento que ao longo dos últimos anos se consolidou na cidade, sendo esperado com grande expectativa pela população e pelos artistas. Estamos realizando este ano uma edição diferente de todas já feitas até então, que concentra boa parte das atrações no formato virtual, diante dos cuidados que ainda se fazem necessários em razão da pandemia, mas contando também com intervenções espalhadas pela cidade, que trarão a energia única da Virada Cultural para quem passar pelo hipercentro de Belo Horizonte neste sábado e domingo. Convidamos a todos e todas para vivenciarem conosco uma experiência inédita nesta Virada Cultural, onde a cultura da nossa cidade será a nossa protagonista”, afirma Fabíola Moulin, secretária municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura.
Nove espaços de transmissão simultâneos
A proposta da 6ª edição do festival é estimular, no ambiente digital, as experiências de simultaneidade e diversidade, tradicionais em todas as edições da Virada Cultural. Para isso, a programação foi dividida em nove espaços on-line de transmissão, batizados de "Viras".
O "Vira Estação" faz uma homenagem ao palco mais famoso da Virada, tradicionalmente montado na Praça da Estação, e apresenta um conteúdo eclético: samba, música pop e eletrônica, funk, rap, MPB e jazz. O “Vira Pipoca” apresenta diversas opções de cinema, teatro, gastronomia, dança, performance e literatura. O "Vira Bem" traz atividades infantis, práticas de bem-estar e saúde, bate-papos, MPB, música instrumental, circo, teatro, contação de histórias, cinema, cultura popular, dança e performance. O "Vira Saia" é dedicado ao forró, ao samba, ao congado e a outras manifestações populares. O “Vira Guaicurus” vai exibir performances, música, circo, dança, cinema, moda e cultura popular. Soul, disco, samba, choro, cinema, rock, dança, MPB, instrumental, pagode e sertanejo também têm espaço no “Vira Praça Sete”. O universo dos games, quadrinhos e animes tem seu espaço no “Vira Geek”, com oficinas, webinars e campeonatos de games e de cosplay. O “Vira e Faz” oferece atividades formativas em diversas áreas. Por último, o "Vira Virou" terá 24 horas de conversa sobre discos de vinil, suas histórias e entrevistas com convidados e artistas diretamente da casa do músico Marcelo Veronez.
O público só poderá assistir ao festival durante as 24 horas de transmissão, pois o conteúdo não ficará gravado. É um convite para que as pessoas permaneçam conectadas na Virada e sintam a experiência de circular pelos diferentes espaços.
Em virtude dos protocolos de segurança contra covid-19, boa parte da programação foi gravada previamente. Isso permitiu que o festival explorasse cenários diversos como palcos, tais como o Viaduto Santa Tereza, Estação Central do Metrô, Associação Cultural no Aglomerado da Serra, terraços de prédios do hipercentro da cidade, além de trazer outras linguagens para o Palácio das Artes, um dos grandes palcos da cultura mineira.
Programação plural
A música é a atividade mais representativa da Virada Cultural desde a sua primeira edição. Serão 118 atrações de MPB, samba, choro, pagode, funk, rock, jazz, sertanejo, axé, rap, hip-hop, gospel, instrumental, entre outros, além de oficinas musicais, que estarão divididas em 8 dos 9 Viras. Uma dessas atrações será exibida no espaço Vira Guaicurus: o Coletivo Negras Autoras, de Lagoa Santa. Criado em 2014, o grupo reúne artistas pretas que fortalecem o protagonismo feminino. O show foi gravado no Palácio das Artes, com Júlia Tizumba, Manu Ranilla e Vi Coelho. A transmissão será no sábado, às 19h.
O Vira Estação mostra, como uma das suas diversas atrações, a cultura jovem do Aglomerado da Serra, com o Baile da Serra nas Quebradas, e o funk produzido por profissionais da comunidade. A atração “Baile da Serra” também foi gravada no palco do Palácio das Artes. O momento poderá ser conferido pelo público na madrugada de domingo, à 1h18.
O samba é um dos ritmos que marcam presença na Virada deste ano. O Vira Saia traz, domingo, às 14h37, o Bloco Caricato Estivadores do Havaí como uma das atrações do espaço, que traz para a roda o show da bateria e dos passistas. No domingo, às 15h41, o terraço do Itamaraty serve de sambódromo para a oficina “Samba no Pé”, da rainha de bateria Aline Caldeira, da Escola Canto da Alvorada, que ensina as noções da dança, conceitos básicos e históricos. Essa e muitas outras atrações serão transmitidas no Vira Praça Sete.
A linguagem audiovisual está presente em 58 atrações propostas, com vídeos, cinema, games e uma web-série. No espaço Vira Bem, uma das propostas é o espetáculo circense “Potássio”, do Circo Banana Caturra, que mostra a energia da arte do equilibrismo de cadeiras e palhaçaria. O Vira Geek será um espaço totalmente voltado para a cultura tecnológica. Em parceria com três empresas da área, o espaço exibirá oficinas e palestras, finais de competições de jogos virtuais, além de um concurso de cosplay.
Nas artes cênicas, teatro, dança, circo, performances e contação de histórias somam 43 atividades. Uma delas é a atração “Ed Marte Circular”. A proposta é uma volta completa, de bicicleta, pela avenida do Contorno, saindo da praça Floriano Peixoto, sentido Floresta, até retornar ao ponto de partida. O artista visual Ed Marte conduz essa atividade urbana animada com música de uma caixa de som tocando uma playlist de artistas contemporâneos LGBTQIA+ como trilha sonora. A exibição será no domingo, a partir das 10h.
As artes visuais são contempladas em 25 atividades, com exposições, projeções e oficinas de graffiti. No espaço Vira e Faz, sábado, às 19h, Raquel Bolinho, grafiteira criadora do famoso cupcake pintado em diversas paredes da capital, traz para o público um debate sobre a arte urbana com o graffiti. Algumas das atrações serão realizadas ao vivo, como a pintura do grafiteiro Comum, que apresenta o mural “Ogum de Quebrada”, realizado em colaboração com o fotógrafo André Cavalheiro. O trabalho propõe um grito das periferias de Belo Horizonte para o centro da cidade.
A cultura do bem-estar e da saúde conta com 21 atrações. Entre elas, o instrutor de yoga Alysson Felipe ensina, no workshop “Pranayamas: uma experiência para potencializar a energia vital”, técnicas de respiração que relaxam o corpo e a mente. A exibição será no Vira Bem, domingo, a partir das 3h02.
A cozinha mineira está presente na aula-show do chef executivo Luciano Avelar, uma das 12 atrações gastronômicas do festival. O profissional ensina a preparar uma deliciosa galinhada gratinada, acompanhada de uma farofa de carne de soja. A aula-show, que conta com a participação de dois alunos do curso do Senac, será transmitida no domingo, a partir das 12h34, no espaço Vira Pipoca.
Lançamentos de livros, performances, slams e contações de histórias compõem as 10 propostas literárias da Virada. Para exemplificar essa linguagem, destacamos o lançamento da obra “Chico com todas as Letras”, escrita por Dimas Lamounier, profundo estudioso e pesquisador de Chico Buarque, que será veiculada no domingo, às 13h38, no Vira Pipoca.
São cinco as atrações de cultura popular que fazem parte da programação do Festival. A oficina “Guardião das sementes crioulas”, uma das atividades, será conduzida por Pedro de Aguiar a partir do mote “De onde tudo veio? Para onde tudo vai?”. Ele vai mostrar técnicas de coleta e conservação de sementes nativas e crioulas, bem como a relação entre algumas espécies e a diversidade cultural dos chamados "povos da terra". A atração será transmitida no Vira Guaicurus, domingo, às 6h24.
Para o espaço virtual Vira Virou, o multiartista Marcelo Veronez traz, ao vivo, muita conversa sobre discos de vinil e suas histórias, destaques das demais atrações da programação da Virada Cultural de Belo Horizonte 2021 e entrevistas com convidados e artistas. Serão 24 horas ininterruptas de conteúdo.
A Virada também tem espaço para moda e design. O Centro Cultural Lá da Favelinha, do Aglomerado da Serra, apresenta “Favelinha Fashion Week — Formação de Quadrilha”, atividade que mescla a cultura das festas juninas e moda com criações próprias do centro de reaproveitamento de materiais. A ideia dos artistas é promover grupos culturais, marcas independentes e a economia do local por meio de desfiles realizados em diferentes lugares da cidade. Essa atração, no domingo, às 11h40, é uma das diversas que serão transmitidas pelo Vira Guaicurus.
Projeções e instalações ocuparão a cidade
As projeções também têm espaço garantido na Virada e serão apresentadas ao longo do período do evento pela cidade. Destacamos quatro das diversas que ocuparão o hipercentro da capital.
A projeção “Cachoeira”, de Aline Xavier Mineiro (VJ Alinex), é uma das atividades e resgata as primeiras pinturas de fachadas de BH, pintadas por Hugues Desmaziéres e Douglas Melo na década de 90, que ficavam expostos nas laterais cegas de mais de 10 prédios do centro da cidade. Além das obras que ocupavam esses espaços, serão projetados registros históricos e a recriação de suas pinturas.
Já a projeção do artista visual 1par, “Pelo Vidro”, mostra que, através desta fina película que nos separa, surge todo tipo de imagem, criando interações imaginárias, alternando sonhos delirantes e amargos pesadelos e propondo um diálogo entre o dentro e o fora, colocando uma interface transparente como um ponto "entre" onde podemos ver o interior e o exterior ao mesmo tempo.
A projeção “Somos Natureza”, dos artistas da Darklight Studio (Homem Gaiola & Vj Eletroiman), propõe uma viagem para evidenciar a importância da natureza, com personagens e símbolos que misturam o humano e a planta, destacando a importante relação de respeito e interdependência que existe entre ambos.
A proposta de Sara Lara, “Espécies de Espaços'', por sua vez, é uma série que parte da apropriação de imagens capturadas por câmeras de vigilância. Na projeção, são apresentados vídeos de câmeras que tiveram seus registros inviabilizados graças às aranhas que tramaram teias na frente desses aparatos, tornando-se importantes agentes da contra-vigilância.
Sinfonia, de Pierre Souza Fonseca, de Araçuaí (MG), apresenta um painel interativo que explora o uso da tecnologia QR Code para criar uma conexão das pessoas com o canto dos pássaros. Qualquer pessoa que passe pelos muros internos do conjunto habitacional IAPI, localizado no bairro São Cristóvão, região Noroeste da capital mineira, poderá usar seu celular para escutar os sons dos pássaros indicados no painel e, ainda, conhecer uma nascente de água que fica ao lado da obra. A atividade também será transmitida on-line durante o festival.
Gabriela Santoro, presidente do Instituto Periférico, fala sobre a diversidade da programação desta edição da Virada Cultural de Belo Horizonte. “BH é uma cidade plural. Um evento como esse tem a obrigação de trazer luz a essa diversidade tão rica. A Virada é para todos e esperamos que todas e todos se sintam representados”, destaca.
Eventos parceiros e associados
A programação também é composta por eventos parceiros e associados à Virada Cultural de Belo Horizonte 2021. São alguns exemplos o bloco Chama o Síndico e os festivais Verbo Gentileza, IMuNe, Minas Pé de Serra, Baderna, entre outros.
O show de Ângela Ro Ro é o grande destaque do festival parceiro Divina Maravilhosa. Ela interpreta os sucessos da carreira, tocando um piano de cauda em pleno Viaduto Santa Tereza, com o cenário icônico dos arcos sobre a Praça da Estação. A apresentação será transmitida no sábado, às 22h07, no Vira Guaicurus.
Thiago Delegado convida grandes nomes para compor a Virada do Samba com 8 horas diretas de muito ritmo, tendo o Mirante do Mangabeiras como cenário. A atração será transmitida no domingo, a partir das 10h03, no Vira Estação.
O Festival de Cinema Infantil de Belo Horizonte integra a programação parceira da Virada Cultural e os filmes selecionados serão exibidos no Vira Bem, domingo, a partir das 12h48.
A programação da Virada também inclui atrações associadas, como as exposições do Centro Cultural do Banco do Brasil, do Sesi Cultura e Museu de Artes e Ofícios, que acontecem no fim de semana do festival, e os filmes que estarão em cartaz no Cine Santa Tereza, entre outros.
Foco na cadeia produtiva
Como parte integrante das políticas públicas municipais voltadas para a cultura, a Virada Cultural de Belo Horizonte 2021 tem como objetivo potencializar o setor e incentivar artistas, técnicos e articuladores culturais que fazem esta edição acontecer.
As 100 propostas inscritas e selecionadas pela curadoria do festival somam quase 657 pessoas envolvidas, entre artistas e produção. A edição também conta com um grande time de profissionais dos bastidores que atuaram a todo vapor durante as pré-gravações da maioria dos conteúdos: são produtores, equipes de iluminação, vídeo, streaming e sonorização, cinegrafistas, profissionais de comunicação, tradutores de libras, entre tantos outros, somando-se 2.350.
Site da Virada Cultural
O site oficial da Virada Cultural também abrigará uma pequena parte da programação. O público confere, a partir das 19h, o bazar itinerante “Pó de Nuvem”, um projeto multicultural com trabalhos autorais de designers e artesãos regionais, música, teatro, oficinas, exposições fotográficas, artes visuais, gastronomia e intervenções artísticas. O objetivo é reunir produtos exclusivos, trabalhos manuais e produções diferenciadas valorizando todo tipo de criação e arte, conectando criador e consumidor.
O espaço Vira Lata também estará on no site oficial do festival, com a publicação de fotos e descrição de pets disponíveis para adoção. O objetivo é conectar animais em situação de rua que precisam de um lar a pessoas que queiram adotá-los. Durante toda a Virada serão veiculadas pílulas sobre o universo dos cães e gatos.
Sobre a Virada Cultural
A Virada Cultural tem como premissa a democratização do acesso à arte e à cultura, bem como o estímulo à formação de público para os artistas da cidade. Já foram realizadas, até o momento, cinco edições, que somam a participação de mais de 15 mil artistas e profissionais da cultura e 2.445 atrações, alcançando um público de mais de 2,2 milhões de pessoas. A edição mais recente, em 2019, com 26 horas de programação, atraiu um público de 520 mil pessoas, que passou por 25 espaços, com 440 atividades no total.
Serviço
Virada Cultural de Belo Horizonte 2021 - Programação Oficial
16 e 17 de outubro de 2021
RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA
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