Localizada na Rua Antônio de Albuquerque, 911, a galeria apresenta exposição com obras dos artistas Marcus Paschoalin e Rodrigo Tonani. A mostra marca a retomada das atividades em função do fechamento dos espaços culturais ocasiado pela pandemia. A exposição apresenta duas linhas artísticas totalmente diferentes, mas que se complementam de certa forma a partir do olhar do visitante.
Belo Horizonte sempre foi marcada por uma intensa atividade artística em espaços variadas da cidade, desde manifestações que cobrem os muros e vielas da cidade, passando por museus e galerias que apresentam obras em um espaço de contemplação. Com a cidade retomando as atividades e se adequando a uma nova realidade, a P.S Galeria reforça seu compromisso de incentivar o segmento de artes plásticas ao apresentar a exposição inédita “Fusão”, reunindo obras de dois artistas da capital mineira: Marcus Paschoalin e Rodrigo Tonani.
A exposição segue até o dia 19 de dezembro convida o público a entrar em contato com as obras de Paschoalin e Tonani, aprofundando o conhecimento em artes plásticas, além de incentivar o cenário da capital, especialmente após o período de isolamento e a longa pausa no segmento.
O projeto arquitetônico da galeria, assinada pela arquiteta Eliane Pinheiro, convida os visitantes para uma visitação fluida do espaço, sem paredes e divisões, permitindo um caminhar livre e mais seguro neste período de reabertura, garantindo o distanciamento necessário para a retomada das atividades durante a pandemia.
OBRAS
A curadoria da P.S Galeria apresenta séries específicas e particulares de dois artistas de duas linhas de trabalho opostas e instigantes. Enquanto Marcus Paschoalin brinca com os traços retos e foca na relação com a geometria, Tonani desenvolve um trabalho mais livre, de inspiração pessoal latente, transmitindo sensações e sentimentos próprios no movimento do pincel nas telas.
As quatro séries expostas de Marcus Paschoalin apresentam três técnicas diferentes que marcam a trajetória do artista e tornaram-se sua marca registrada. A primeira consiste em 6 (seis) telas em preto e branco que seguem o estilo do “Optical Art” - movimento artístico popularizado nos Estados Unidos nos anos 60 e que consiste em trabalhos que questionam a falhabilidade do olhar humano com ilusões de ótica nas combinações de cores e traços.
Outras destaque, de autoria de Paschoalin, é uma série com 60 telas em spray sobre papel com moldura que o artista produziu durante uma viagem de imersão artística pelo interior de Minas Gerais. Em apenas 2 semanas ele produziu todas as obras que integram esta série.
Contrapondo o trabalho geométrico e psicodélico de Paschoalin, o recorte curatorial para as séries de Rodrigo Tonani apresenta obras criadas a partir de um ímpeto pessoal e de uma fluidez mais livre. Dentre os destaques estão a série “Libestraum” que, inspirada no trabalho do compositor alemão Franz Liszt e na teoria da desconstrução da forma de Wassily Kandinsky, a proporção de volume e as distinções entre claro e escuro.
A obra “Flores de Genebra” é outro destaque de Tonani, que concebida durante o período de vivência e imersão artística na Suíça, em que o artista viveu uma relação caótica com um colega de quarto e se via obrigado a sair das dependências do apartamento para se inspirar e produzir. Assim, Rodrigo recorreu ao bonito parque Lago Lemán, se inspirando na flora tão rica e colorida do parque, deixando o olhar observador perceber na natureza a relação profunda entre o florescer de uma renovação de espírito em momentos e períodos nebulosos.
Todas as obras apresentadas pela P.S Galeria estarão à venda a partir da abertura da exposição. A galeria funciona de segunda à sábado e recebendo visitantes tanto para visitação da exposição quanto para acompanhamento e direcionamento a respeito das obras, suas técnicas e métodos.
::Sobre a P.S Galeria::
Fundada em 2018, a P.S Galeria surgiu como um espaço múltiplo de arte por acreditar que a manifestação artística se dá não só em diversas formas, cores, texturas e técnicas, mas também por mentes criativas que instigam o público sempre com novidades. Por isso, a proposta de abarcar no projeto manifestações que extrapolam o recorte curatorial das artes visuais, contemplando também o paisagismo, a moda, antiguidades, a joalheria e outras formas de reafirmar a arte como um movimento um intenso da criatividade humana e um importante valor cultural.
::Sobre Rodrigo Tonani::
Rodrigo Tonani Moreira, nascido no dia 26 de fevereiro, Belo Horizonte. Para os místicos, um pisciano com ascendente em gêmeos e lua em áries. Resumindo: um ser extremamente sensível, ligação forte com a arte, resiliente e espiritualista. Pode parecer mera coincidência astral, mas são essas as marcas latentes na trajetória de vida deste artista. Durante a infância, Rodrigo muitas vezes precisava passar horas do dia na casa dos avós. E teve a sorte de ter uma avó pianista, o suficiente para aguçar a curiosidade de uma criança que começava a partir desses contatos diários, a experimentar a sensibilidade artística. Com o passar do tempo e com o início dos estudos na escola primária alguns comportamentos ficaram mais evidentes no pequeno Diguinho. Algumas atividades prendiam a atenção do garoto, entre elas a arte. Tudo que envolvia arte o mantinha muito focado. Dizem os mais estudiosos, filósofos e falsos profetas do mundo moderno que foco nada mais é que realizar algo com paixão. Na escola iniciou as primeiras manifestações conscientes durante as aulas de Arte. Começou a se destacar e, ainda aos nove anos, participou de um concurso nacional de arte para crianças e conseguiu o segundo lugar além da exibição do desenho em uma exposição em um hotel famoso da cidade.
Os anos se passaram e o pequeno garoto cresceu. Duas coisas o acompanharam, uma foi a arte e a outra o apelido carinhoso “Diguinho Tonani”. Optou na adolescência por fazer medicina, e na escola seguiu os estudos específicos para tanto. Porém, para adaptar-se à grade curricular da escola nova, Diguinho foi obrigado a realizar um trabalho de arte. Após entregar o trabalho a diretoria da escola ficou surpresa com o resultado e o chamou para uma entrevista junto com uma orientadora vocacional que sugeriu o curso de Artes Plásticas para o caminho profissional. Embora tenha escutado bem a orientadora, Diguinho ingressou nos estudos de Comunicação Social e mais tarde abriu uma agência de Publicidade, na qual era Diretor de arte.
Infeliz com os resultados do trabalho e ao mesmo tempo buscando um aperfeiçoamento iniciou um estudo de desenho com um mestre da arte em Belo Horizonte. No decorrer dos estudos o mestre apresentou ao Diguinho a escola de arte como uma possibilidade de expandir o horizonte e enriquecer o conhecimento.
E antes de terminar os estudos em comunicação social, Diguinho ingressou na escola de arte da UEMG, um caminho sem volta. Passou a estudar e se encantar com os artistas do passado e passou a viver a arte como um todo. Desenvolveu bastante em seu trabalho e alguns professores já o consideravam com uma identidade pronta.
Iniciou então um estudo chamado Relatos. Para Rodrigo Tonani a arte é algo que vem de dentro para fora, nunca de fora para dentro. Relatos é exatamente a manifestação do espírito do artista, que passou a viver e a ser a própria arte. Largou os trabalhos da agência e dedicou seu tempo exclusivamente para aprimorar os estudos. Porém, em um contratempo do destino, Diguinho Tonani foi internado com uma rara doença nos rins e precisou de um tempo para se tratar. Durante 7 meses ficou longe das tintas, acometido pelo efeito colateral do tratamento. Porém foi tempo suficiente para amadurecer em seu pensamento o que era necessário fazer para enriquecer sua linha artística. E logo que terminou o tratamento fez seu primeiro trabalho que foi apresentado ao publico como “Lieberstraum”. Foi o “chute na porta” para a nova vida.
Como a principal manifestação a pintura, Diguinho nunca foi de se inspirar em técnica ou estilo de pintura de nenhum artista. Para buscar um estilo próprio, sempre seguiu seu instinto e intuição. Buscou apenas um estudo no comportamento e vida de Kandinsky, artista russo que teve uma vida marcante para a história da arte, elevando e inaugurando uma nova maneira de se pensar a arte em todo mundo. Iniciou em 2014 uma série de exibições onde apresentava seus trabalhos e ao mesmo tempo realizava “live painting” em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Em 2017 iniciou um Tour de estudos e amadurecimento na Europa onde se dedicou a novas pinturas e estilo.
::Sobre Marcus Paschoalin:: www.marcuspaschoalin.com
Natural de Belo Horizonte, Marcus Paschoalin é formado em Publicidade e também em Design Gráfico, sendo a última formação cursada na Escola de Milão. Sempre procurou estabelecer relação interdisciplinar entre as diferentes faces do design e artes visuais. Agregou sua vasta experiência na criação de campanhas publicitárias e cuidado com imagem de diversas marcas no Brasil para o street art experimentando diferentes superficíes e reutilizando materiais inusitados. Influenciado pelos estilos optical, pop art e arte abstrata, já expôs seus trabalhos no Brasil, EUA e na Inglaterra, com destaque para a edição da CASACOR Minas Gerais 2019, que abrigou o ateliê do artista, além da sua participação em 2019 na Art Basel Miami, um dos maiores eventos de arte contemporânea do mundo. Paschoalin também é empresário da noite há mais de 20 anos e usa sua arte na produção de eventos e casas noturnas. Começou sua carreira criando um club chamado MP5, que nasceu dentro do seu ateliê. Anos mais tarde, criou a Land Spirit Complex, um espaço inspirado nas ruas dos grandes centros urbanos do mundo.
::Serviço::
Exposição “Fusão” na P.S Galeria
Horário de funcionamento: segunda a sexta, 10h às 19h; Sábados, 10h às 14h;
Telefone: (31) 3223-8329 / (31) 99188-8225
Endereço: Rua Antônio de Albuquerque, 911 – Funcionários, Belo Horizonte – MG, 30112-001
Instagram: @ps_galeria
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