"Pianíssimo: de Paris a Veneza" tem repertório com obras do belga César Franck, do francês Francis Poulenc e uma composição inédita do mineiro Rogério Vieira; apresentações ocorrem em 24 e 25/9 (terça e quarta-feira), às 12 e 20h, respectivamente
O piano é um elemento central na música clássica e tem papel fundamental em composições que vão desde a era barroca até o período contemporâneo, permitindo uma rica exploração de diversas sonoridades. Pensando nisso, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), sob a regência da maestra Ligia Amadio, apresenta o concerto "Pianíssimo: de Paris a Veneza". Com um programa que conta com obras de compositores renomados como o belga César Franck e o francês Francis Poulenc, além de uma composição inédita do mineiro Rogério Vieira, o evento promete proporcionar uma experiência emocionante para os amantes da música de concerto, especialmente para os apreciadores de piano. Haverá, ainda, a participação da renomada dupla de pianistas Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini, que comemora 40 anos de carreira. A apresentação será na quarta-feira (25/9), no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, às 20h. Os ingressos para o evento estão disponíveis por R$15 (meia-entrada) e R$30 (inteira), à venda na Eventim e na bilheteria do Palácio das Artes. Já na terça-feira (24/9), serão apresentados trechos do concerto no "Sinfônica ao Meio-Dia", com entrada gratuita.
O programa do concerto mescla tradição e modernidade, com destaque para a estreia mundial da obra "Cenários Improváveis", do compositor mineiro e arquivista da OSMG Rogério Vieira. Outro destaque é a interpretação da "Sinfonia em Ré menor", de César Franck, que se destaca pela sua construção cíclica e profundidade emocional. Já o "Concerto para Dois Pianos", de Francis Poulenc, será interpretado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini, que já se apresentaram na Suíça, Itália, Japão e em diversos outros países. A obra, com sua fusão de elementos neoclássicos, jazz e música popular, foi encomendada por Winnaretta Singer, herdeira estadunidense e uma das grandes mecenas da música do século XX, e posteriormente se tornou um clássico do repertório sinfônico.
O concerto "Pianíssimo: de Paris a Veneza" é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio.
O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 32 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.
Uma colagem de obras-primas musicais – O concerto terá início com a estreia de "Cenários Improváveis", peça escrita por Rogério Vieira especialmente para a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. É a terceira vez que o compositor tem uma obra apresentada pela OSMG, e a primeira que abrange toda a orquestra. A ideia, incentivada pela maestra Ligia Amadio, surgiu no final de maio, e o compositor se desafiou a escrever uma obra em dois ou três meses para integrar o programa do concerto. A escolha do título surgiu de maneira curiosa: Rogério se inspirou em uma série de trabalhos gráficos seus, intitulados "Cenários Improváveis para Pesadelos". Esses trabalhos são composições visuais que utilizam colagens, desenhos e outros elementos díspares. Na música, ele adotou uma abordagem semelhante, misturando momentos musicais distintos, que podem ser comparados a diferentes "cenários". Embora a obra não siga uma estrutura formal clássica, como uma sinfonia ou rapsódia, ela explora diversas atmosferas. "É uma peça sinfônica sem o contexto de uma história, mas é como se estivesse mostrando cenários diferentes, como se, por exemplo, fosse a música de abertura de um desenho animado, a música que acompanha uma cena dramática, a música que acompanha uma coisa um pouco mais misteriosa... É uma colagem de momentos musicais diferentes", explica Vieira.
Em seguida, há a única sinfonia do compositor belga César Franck. A "Sinfonia em Ré menor" foi composta ao longo de dois anos e estreou em fevereiro de 1889, no Conservatório de Paris. Uma de suas principais características reflete a experiência de Franck como organista, com uma orquestração que frequentemente evoca o som poderoso de um grande órgão de tubos. Já o "Concerto para dois pianos", de Poulenc, estreou em 5 de setembro de 1932 no Festival Internacional de Música de Veneza, interpretado pelo próprio compositor juntamente com o pianista Jacques Février. Tornou-se um dos principais concertos do repertório para dois pianos, amado pelos pianistas e pelo público – e, não à toa, uma das obras preferidas de Poulenc.
Em "Pianíssimo: de Paris a Veneza", Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini prometem uma interpretação leve e energética. Reconhecida como uma das mais importantes do país, a dupla já se apresentou com orquestras como a de Câmara da Polônia e a Filarmônica de Baden Baden, na Alemanha."Poder tocar essa magnífica obra com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a regência da maestra Ligia Amadio, é uma oportunidade muito especial para nós. Estamos muito empolgados com esse encontro musical e esperamos contagiar o público com nosso entusiasmo. Nenhum presente pode ser maior, para o aniversário de 40 anos do nosso duo, do que estarmos num palco tão tradicional e importante de Belo Horizonte, que é o Palácio das Artes. Uma parceria de 40 anos na profissão e na vida é algo grandioso para se comemorar", celebra Celina. Continuando as comemorações, a dupla seguirá se apresentando pelo Brasil até 2025.
Sinfônica ao Meio-Dia
Data: 24 de setembro (terça-feira)
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificação indicativa: 10 anos
Entrada gratuita
Concertos da Liberdade - "Pianíssimo: de Paris a Veneza"
Data: 25 de setembro (quarta-feira)
Horário: 20h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificação indicativa: 10 anos
Valor dos ingressos: R$ 15 a meia-entrada e R$ 30 a inteira, à venda na Eventim e na bilheteria
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
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