Podemos ver muito além do que nossos olhos nos mostram. Quer experimentar? Venha com a gente acompanhar a jornada do jovem pescador cego Fabiandro em busca de seu amor desaparecido – uma estrela de verdade!
Esse é o convite do musical "O Pescador e a Estrela", que estreia na programação de férias do CCBB Belo Horizonte no dia 07 de janeiro de 2022. Após uma temporada de sucesso nos CCBBs de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, além de temporada na internet, o espetáculo infantojuvenil estará em cartaz na capital mineira até 24/01. As apresentações serão às sextas, sábados, domingos e segundas-feiras, sempre às 16 horas.
Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada) e podem ser adquiridos pelo site bb.com.br/cultura. A lotação do Teatro I é de 262 pessoas e o espaço está funcionando com a capacidade máxima, de acordo com os protocolos sanitários vigentes. Mais informações sobre as normas de funcionamento do CCBB em bb.com.br/cultura.
"Há coisas na vida que não podem ser vistas, apenas sentidas"
Com direção de Karen Acioly, texto original de Thiago Marinho e Lucas Drummond, o musical tem como protagonista um menino solitário, vivido por Lucas Drummond, que não consegue mais enxergar a felicidade. Ele, então, é convidado por uma 'mensageira das estrelas' a voltar o olhar para dentro de si, a fim de entender que há coisas na vida que não podem ser vistas, apenas sentidas.
Conduzido pela mensageira, o menino se transforma no jovem Fabiandro, um pescador apaixonado por uma estrela, apesar de nunca tê-la visto. Os dois, pescador e estrela se encontram todas as noites à beira da praia, onde cantam, dançam e se divertem juntos. Ele na terra e ela no céu.
Um dia, porém, a estrela desaparece. Decidido a reencontrá-la, ele parte em uma jornada rumo ao céu. Ao seu lado vai Hortênsia, interpretada por Luisa Vianna, uma menina superprotegida pelas tias que quer, mais que tudo, conhecer o mundo. O que ambos não sabem é que, logo atrás, está o ganancioso casal Prattes, vivido por Diego de Abreu e Thiago Marinho, que planeja roubar a estrela.
O papel da mensageira é encenado por Sara Bentes, deficiente visual com extenso e premiado currículo como atriz, cantora, compositora e escritora. Para ela, "fazer parte deste musical é um desafio encantador e que me faz crescer muito. Uma felicidade estar num trabalho com tanta beleza e delicadeza. Fazer parte deste grupo é acolhedor, uma alegria."
Karen Acioly, diretora artística do espetáculo, se dedica à autoria de projetos e programas multidisciplinares para infância há 35 anos. Autora de livros, roteiros audiovisuais e diretora de textos teatrais premiados, é curadora internacional de exposições, festivais e idealizadora do FIL – Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, que acontece há 18 anos.
"A saudade é um sentimento muito silencioso no coração de uma criança e precisamos falar sobre isso. Inventamos um espetáculo que olha para o que sente essa criança e que a escute. A música nos guia, em movimentos circulares, através do imaginário de um menino que precisa inventar uma cidade, descortinar os seus véus e viver uma perigosa aventura, para ver o que sente", diz Karen Acioly.
Para Lucas Drummond e Thiago Marinho, autores da peça, o espetáculo traz uma mensagem de esperança, superação e fala sobre um reencontro com o que perdemos. "Nós perdemos muito nos últimos tempos: amigos, familiares, amores. É como se uma luz em nós tivesse se perdido também, assim como a estrela do Fabiandro. Através deste espetáculo original e brasileiro, nós queremos inspirar o público a reencontrar essa alegria, esse brilho dentro de si, porque acreditamos que é isso que a arte e a cultura fazem. O Pescador e a Estrela mostra que sempre há caminhos para não deixarmos essa luz se apagar, por mais difíceis que sejam de enxergar", ressaltam.
A direção de movimento é da atriz e bailarina Moira Braga, também deficiente visual. "Participar de um projeto novo e com essa qualidade de afetos e de talentos, com uma configuração artística que foca na acessibilidade e inclusão, é um presente. Eu me sinto muito honrada de poder atuar onde meu trabalho é reconhecido", celebra Moira.
O projeto se propõe a dar protagonismo à deficiência visual e promover a integração entre artistas cegos e videntes, ampliando a reflexão sobre a acessibilidade dentro das artes cênicas, principalmente voltadas ao universo da infância.
A cenografia de Doris Rollemberg transforma o palco do CCBB no universo íntimo e simbólico do protagonista. O espaço, pequeno e confinado, é cercado por véus, membranas que dificultam a visão, mas que caem quando seu mundo se expande através da sua imaginação.
SERVIÇO
CCBB BH – Teatro I - Praça da Liberdade, 450 - Funcionários, Belo Horizonte – MG
Dias e horários: 07 a 24 de janeiro – sexta, sábado, domingo e segunda-feira, às 16h.
Classificação: livre – indicado para maiores de 6 anos
CCBB BH - aberto todos os dias, das 10h às 22h, exceto às terças-feirasTelefone: 31 3431 9503.
E-mail: ccbbbh@bb.com.br
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