O COLORIDO SONORO DA PERCUSSÃO EM CENA NA SÉRIE DE RECITAIS ALLEGRO VIVACE

Na quarta apresentação da série de recitais de música erudita Allegro Vivace, sobe ao palco da Rede Mater Dei de Saúde o duo Desvio. O concerto é em 15 de dezembro, às 20h30, com transmissão pela internet, pelo canal no YouTube (Recitais Allegro Vivace). O público de casa está convidado a assistir, já que, com a pandemia, a plateia não pode estar presente. Para essa temporada, está prevista uma série de seis recitais. Os primeiros foram com o violonista solo Fabio Zanon, o trio de sopros Trio Concertante e o pianista Gabriel Oliveira.

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Agora, é a vez da dupla formada pelos percussionistas Leonardo Gorosito e Rafael Alberto, que se dedicam ao desenvolvimento da música para percussão brasileira. As experimentações sonoras levam à 2005, mas o duo foi concretizado cinco anos depois. Ao longo do tempo, o Desvio criou personalidade própria. Sua identidade parte da mescla entre ritmos populares brasileiros e o pensamento formal erudito. Uma sonoridade peculiar enriquecida pelas diferentes formações dos artistas na música.

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O nome nasce das sílabas contidas em desconstrução do óbvio. Justamente o caminho dos músicos, cuja criação sai do lugar comum. Para a performance no Allegro Vivace, os compositores trazem uma coletânea de peças autorais que celebram os instrumentos de percussão brasileiros, um passeio pela desconstrução do universo sonoro já estabelecido pela forte referência aos ritmos tradicionais do país.

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Chocalhos, tambores, cajón, alfaia, bage, sinos, triângulo, agogô, pandeiro, pandeirão e marimba revelam a busca constante por novos sons, timbres e técnicas, em um concerto que expressa a verdadeira história e singularidade artística do Desvio. Também está no repertório uma peça de Johann Sebastian Bach, adaptada para a marimba.

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O duo estreou o espetáculo autoral Cancioneiro em 2013 e foi convidado a executá-lo em diversos festivais pelo Brasil. Entre suas conquistas, a vitória no festival Circuito de Música Acústica, realizado em Minas Gerais, que teve como prêmio um show ao lado do renomado músico Hamilton de Holanda. Desvio é autor de peças executadas por músicos e duos de outros países, como França, Alemanha, Bélgica, Cingapura, Japão e, principalmente, Estados Unidos. Leonardo e Rafael têm recebido encomendas de novas obras para percussão, trilhas sonoras de publicidade e espetáculos de dança.

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Na lista de trabalhos executados, a trilha sonora do espetáculo Pai, da Cia.Antonio Nóbrega de Dança, e do espetáculo Da quadrinha ao galope beira-mar, também com a companhia. Em 2016, os artistas estrearam o inédito Concerto para Dois Pandeiros e Orquestra de Cordas, composto por eles ao lado da Orquestra Ouro Preto. Atualmente, Desvio conta quatro shows autorais: Forma (2018), C'Alma (2016), Miniaturas (2014) e Cancioneiro (2013), este último com álbum lançado em CD em DVD. Nos trabalhos atuais, a gravação de um disco com a Orquestra Ouro Preto, que está em processo de realização.

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"O Desvio promete uma riqueza de colorido musical através de diferentes timbres e instrumentos musicais de percussão", convida Myrian Aubin, diretora artística e produtora do Allegro Vivace. Ela fala sobre a vivência bem-sucedida com o novo formato dos recitais. Uma oportunidade para chegar a um público ampliado, que não se restringe aos limites físicos de uma plateia presente.

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"A veiculação virtual alcança um número ilimitado de pessoas, de qualquer lugar do mundo, incluindo aqueles que não poderiam estar ali. Aumentam os espectadores que gostam de música e do universo erudito. Tenho recebido mensagens de amigos de outros países que estão acompanhando todos os recitais", diz.

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Para Myrian, uma experiência fantástica, principalmente por agregar também pessoas que normalmente não teriam acesso à música erudita. "A ideia é cada vez mais disseminar a cultura da música erudita, seja qual for a classe social", acrescenta.

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No outro lado, o retorno positivo dos músicos que já estiveram no palco dos recitais. "Eles agradecem a oportunidade de poder fazer música em plena pandemia, estão motivados a voltar aos palcos, mesmo que de modo virtual, e continuar vivendo esse desejo. Pode ser digital, mas a responsabilidade é a mesma", continua Myrian.

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SOBRE O ALLEGRO VIVACE

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A origem do Allegro Vivace remonta a 2010, quando o médico José Salvador Silva, fundador da Rede Mater Dei de Saúde, comprou um piano e encontrou em Myrian Aubin a parceira de sua nova empreitada. Dez pianistas passaram a fazer audições diariamente no hospital, pela manhã e à tarde.

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Myrian lembra o quanto a música pode tranquilizar, serenar e tornar o ambiente agradável, contribuindo para a saúde e o bem-estar em meio a tratamentos complicados enfrentados pelos pacientes. "É um momento de respiração", diz.

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Restrito ao espaço interno do hospital, o evento foi ampliado em 2013, voltando-se para o público em geral. Desde então, recebe musicistas do Brasil e do exterior, com diversas formações dedicadas à música de câmara. Entre os instrumentos, já estiveram no palco do auditório do hospital exibições com acordeon, piano, violão, violino, violoncelo, fagote, oboé, contrabaixo, clarineta, trombone, percussão, entre outros.

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A acessibilidade é um dos alicerces da série. Nos concertos presenciais, o projeto disponibilizava cartaz e programa em braile. Em 2020, as lives contam com audiodescrição.

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Allegro Vivace é viabilizado pela Lei Rouanet, com realização pela Secretaria Especial da Cultura, o Ministério do Turismo, e patrocinado pela Rede Mater Dei de Saúde e a BioHosp, empresa de produtos hospitalares.

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