Ana Laura Mathias Gentile (SP), Emanuelle Guedes (MT), Felipe Gadioli (SP) e Raphaela Lacerda (SP) são os escolhidos para reger a Orquestra nesta edição
Entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, a Filarmônica de Minas Gerais realizará o 12º Laboratório de Regência, atividade pioneira no Brasil, que possibilita a jovens regentes ter, sob sua batuta, uma orquestra profissional e aprender, na prática, os desafios da regência. Ana Laura Mathias Gentile (SP), Emanuelle Guedes (MT), Felipe Gadioli (SP) e Raphaela Lacerda (SP), regentes desta edição, participarão de ensaios e aulas técnicas ministradas pelo Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra, maestro Fabio Mechetti. O Laboratório de Regência será encerrado com um concerto gratuito, no dia 3 de agosto, às 20h30, na Sala Minas Gerais. O repertório do concerto será dividido entre os quatro regentes participantes. Teremos as obras O Franco-atirador: Abertura, de Weber; Abertura Trágica, op. 81, de Brahms; Semiramide: Abertura, de Rossini; e Abertura Leonora nº 3, op. 72b, de Beethoven.
O público poderá assistir ao concerto presencialmente, na Sala Minas Gerais. Para quem preferir assistir de casa, haverá transmissão ao vivo aberta a todo o público pelo canal da Filarmônica no YouTube. A distribuição de ingressos será feita exclusivamente pela internet, pelo linkhttp://fil.mg/laboratorio2021 , limitada a 2 ingressos por CPF. Não haverá distribuição de ingressos no momento do concerto. A ocupação da Sala Minas Gerais está limitada a 393 pessoas, o que corresponde a 26% da sua lotação total (1.493 lugares).
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, CS Brasil e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocinador: BMPI e Ibitu Energia. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Nossa programação educacional tem o apoio do programa Amigos da Filarmônica.
Aulas práticas e teóricas
O Laboratório consiste em aulas teóricas e práticas. Os regentes recebem orientações teóricas e técnicas do maestro Fabio Mechetti e as praticam em ensaios com a Orquestra.
Segundo o maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, “o mercado para jovens regentes brasileiros é ainda extremamente limitado, e as oportunidades para que eles se desenvolvam a ponto de ter competitividade são igualmente reduzidas. Assim, desde o início da Filarmônica, foi nosso objetivo oferecer algo inusitado e pioneiro no Brasil, que é esta semana em que esses jovens têm a oportunidade de trabalhar diretamente com uma das melhores orquestras profissionais do Brasil, preparando, na prática, um concerto. Nestes doze anos de Laboratório conseguimos identificar vários talentos da regência brasileira, dando a eles um embasamento singular, embora rápido, das questões técnicas, artísticas e profissionais que envolvem a carreira do regente de orquestra. Dentre estes talentos tivemos nomes como os de Marcelo Lehninger (hoje Regente da Orquestra de Grande Rapids nos EUA), Natália Larangeira (hoje Regente Assistente da Filarmônica de Buenos Aires), William Coelho (Regente do Coro da Osesp), Priscila Bonfim (Regente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro) e nosso Regente Assistente José Soares”, ressalta Mechetti.
O Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais é uma iniciativa pioneira no Brasil. Nas 11 edições já realizadas do Laboratório de Regência, 152 jovens regentes de todo o país viveram essa experiência com a Filarmônica de Minas Gerais. Alguns deles participaram da iniciativa mais de uma vez.
Normalmente, são selecionados para o Laboratório de Regência 4 regentes com participação ativa e 11 ouvintes. Para garantir o distanciamento social necessário à prevenção da covid-19, em 2021 só foram selecionados os regentes ativos.
Maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular
Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.
Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.
Os regentes
Ana Laura Mathias Gentile, regente
Ana Laura Mathias Gentile é natural de Ribeirão Preto (SP). É Bacharela em Regência pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), com orientação de Gil Jardim e Marco Antônio da Silva Ramos. Desde 2014, realiza colaboração pianística para instrumentistas e cantores. Atuou em produções teatrais como cantora, atriz, preparadora vocal e pianista. Cursou regência coral, com o maestro Philipp Amelung, e musicologia durante intercâmbio acadêmico na Eberhard-Karls Universität Tübingen (Alemanha). Entre 2017 e 2019, regeu a Orquestra de Sopros da ECA-USP e foi Regente Assistente do Coral da ECA-USP. Em 2019, foi finalista do VII Concurso para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais na categoria de regência orquestral. Atualmente, estuda canto lírico com Denise de Freitas e participa das masterclasses de regência oferecidas pelo maestro Cláudio Cruz com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo.
Emanuelle Guedes, regente
Emanuelle Guedes tem 24 anos e é natural de Cuiabá (MT). De 2011 a 2013, estudou piano na Escola de Música Villa-Lobos. Integrou, em 2016 e 2017, o grupo de percussão [re]Percute-UFMT. Participou do 1º Congresso Brasileiro de Percussão realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2018 foi aprovada para o cargo de Regente Assistente da Orquestra Sinfônica CirandaMundo, para o ciclo de 2018/2019. Sob orientação de Flávia Vieira, foi regente bolsista da Orquestra de Câmara da UFMT entre 2017 e 2020. Participou da classe de regência orquestral na 15ª edição do Festival de Música de Santa Catarina, em 2020, sob orientação do maestro Gregory Carreño. Em junho de 2021, concluiu a graduação em Regência pela Universidade Federal de Mato Grosso.
Felipe Gadioli, regente
O violinista Felipe Gadioli é graduado em Regência pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É Regente Adjunto da Filarmônica de Valinhos, Maestro Titular do Coral Trilhas, Regente Titular da Orquestra Comunitária de Jundiaí e professor no Instituto Gomes Cardim. Foi Regente Assistente da Orquestra Sinfônica da Unicamp por dois anos. Foi aluno de cursos de regência, como Academia da Osesp, Oficina de Regência do maestro Abel Rocha, Festival de Curitiba e, atualmente, frequenta a masterclass de regência da Emesp com o maestro Cláudio Cruz. Felipe já conduziu orquestras na Sala Cecília Meireles, Sala São Paulo, Teatro Municipal Castro Mendes, Teatro Guaíra, Teatro Municipal de Santo André e no Teatro da Universidade de Maryland (USA), no One World Festival. Foi orientado por maestros como Isaac Karabtchevsky, Marin Alsop, Abel Rocha, Louis Langrée, Robert Treviño e Benjamin Zander.
Raphaela Lacerda, regente
Natural de São Paulo (SP), Raphaela Lacerda é Bacharel em Música com Habilitação em Regência pela Unesp. Participou de diversos cursos e masterclasses com regentes como Marin Alsop, Stefan Blunier, Cristian Macelaru, Giancarlo Guerrero, Robert Treviño, entre outros. Em 2019, foi finalista do Concurso para Regente Assistente da Orquestra Experimental de Repertório e foi convidada a integrar a Classe de Regência da Academia de Música da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sob orientação de Marin Alsop e Wagner Polistchuk. Em concertos, esteve à frente da Orquestra Sinfônica de Santo André e da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. Frequenta a classe de Regência do maestro Cláudio Cruz na Emesp. Foi selecionada para cursar mestrado em Regência Orquestral nos EUA com o maestro Christopher Russell.
Serviço:
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
12º Laboratório de RegênciaPara jovens regentes brasileiros
Com o maestro Fabio MechettiDe 31 de julho a 3 de agosto de 2021
Laboratório de Regência – Concerto de Encerramento
3 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais
Ana Laura Mathias Gentile, regente
Emanuelle Guedes, regente
Felipe Gadioli, regente
Raphaela Lacerda, regente
Programa
WEBER O Franco-atirador: Abertura
BRAHMS Abertura Trágica, op. 81
ROSSINI Semiramide: Abertura
BEETHOVEN Abertura Leonora nº 3, op. 72b
Concerto gratuito. O público poderá assistir à apresentação na Sala Minas Gerais.
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