Exposição inédita Fernando Lucchesi Série “Flores Para Guignard” - até 18 de setembro

O artista mineiro e autodidata, Fernando Lucchesi segue com a sua nova exposição de pinturas inéditas, a série “Flores para Guignard”, até o dia 18 de setembro, na Errol Flynn Galeria de Arte. A mostra traz 41 quadros em pintura acrílica sobre tela e pintados pelo artista ao longo dos últimos 6 anos, no seu ateliê, em Nova Lima.

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Nos quadros, Lucchesi retrata os cenários de Guignard, em especial as suas flores, em homenagem ao mestre: “Guignard sempre esteve presente na minha vida. Fui apresentado (presenteado) a ele pelo meu avô, aos 10 anos de idade. Na época, eu pintava em cima dos desenhos que o meu avô me mostrava, e foi ali que percebi o meu dom para a pintura. Esta série é mais do que uma homenagem, é uma pequena mostra da representatividade que Guignard teve e sempre terá na minha arte”, conta Lucchesi.

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Errol Flynn, que assina a curadoria da exposição, “diz que as obras fazem um passeio pela vida de Guignard, a partir do imaginário de Fernando Lucchesi, desconhecido pelo público. “O título da série nos lembra que Guignard foi um grande pintor de flores, talvez o maior na arte moderna brasileira. Mas a sua obra reside com mais força nas paisagens de Minas. Este trabalho do Lucchesi traz um olhar muito sensível e diferenciado, que consegue unir as duas facetas de Guignard: as flores e a riqueza histórica das cidades mineiras, em especial, Ouro Preto”, define o curador.

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A visitação presencial ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, das 9h às 14h (Errol Flynn Galeria de Arte: Rua Curitiba, 1862, Lourdes – BH/MG). Em virtude da pandemia, haverá limitação de público e obrigatoriedade da aferição de temperatura, uso de máscaras e disponibilização de recipientes com álcool em gel durante o percurso da mostra.

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FERNANDO LUCCHESI

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Fernando Luiz Lucchesi Cunha nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 18 de setembro de 1955. Embora não tenha frequentado nenhuma escola de Belas Artes, desde jovem mostrou-se interessado pela pintura e por objetos, observando a produção de artesãos mineiros em viagens pelo interior. A experiência de desenhista durante o período de serviço militar no Exército foi também marcante. O irmão Eduardo representou um apoio fundamental em sua formação. Financiou lhe um curso técnico de desenho arquitetônico e de cálculo estrutural, compartilhando seus interesses e estimulando-lhe a vocação.

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Sua vida profissional inicia-se em 1977, quando ingressa no setor de artes plásticas do Palácio das Artes da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte, sob a supervisão de Márcio Sampaio. Neste mesmo ano, participa de sua primeira exposição coletiva, A Paisagem Mineira. Em 1979, realiza sua primeira exposição individual na Fundação de Arte de Ouro Preto e participa das coletivas Desenho Mineiro, no Palácio das Artes, e Artistas Mineiros na Funarte, no Rio de Janeiro. Em 1980, participa com pinturas, desenhos e objetos da exposição Figuração Selvagem, no Palácio das Artes, e no mesmo de coletivas no Museus de Arte de Belo Horizonte e na Galeria do Grupo Corpo. Desde os primeiros anos de carreira, Fernando realiza inúmeras exposições individuais e coletivas, colocando sua marca no cenário das artes do país. Uma cronologia detalhada encontra-se no catálogo de sua exposição de 2015 na Galeria Errol Flynn, de Belo Horizonte.

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Suas atividades didáticas têm início em 1981, no Festival de Inverno de Diamantina/MG, onde ministra uma oficina de objetos. Em 1983, passa a integrar a Escola de Artes e Ofícios de Contagem, Minas Gerais, idealizada por Amílcar de Castro (1920-2002), onde dá aulas de desenho, pintura e objeto para crianças carentes da cidade. Ao longo da década de 1980, além de pinturas, dedica-se a objetos e instalações de origem devocional, que trazem a influência da cultura popular e erudita mineira e revelam o passado barroco. Em 1989 muda-se para Ouro Preto, onde, no ano seguinte, durante a Semana Santa, realiza uma exposição a céu aberto, cobrindo com banners as fachadas das casas. Volta a residir em Belo Horizonte em 1995, e passa a realizar pinturas constituídas sobretudo por toques circulares do pincel. Produz com igual brilho obras de pequeno formato e de grandes dimensões. Muda-se de novo, transitoriamente, para Ouro Preto em 1997. Retorna em 1999, fixando residência e montando ateliê em Nova Lima, na região de Belo Horizonte.

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Nas décadas de 1990, 2000 e 2010 mantém intensa atividade, mostrada em exposições individuais e coletivas no cenário nacional e internacional. A obra de Fernando Lucchesi foi registrada e estudada em livros por Aracy Amaral e Walter Sebastião e sempre mereceu de toda a crítica as mais positivas referências. Este ano, o artista realizou uma exposição individual na Galeria Caribé, em São Paulo/SP.

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