A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico, realiza, entre 10 e 20 de agosto, a 4ª edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH). Com o tema “Virando a Página: Livro e Leitura Tecendo Amanhãs”, o evento, integralmente virtual, traz mais de 100 atrações e a participação de autores, artistas, pesquisadores e profissionais convidados do Brasil e exterior para conferências, mesas de debate, exposições, oficinas, seminário de bibliotecas, rodas de leitura, narração de histórias e saraus, elaboradas para atender crianças desde a primeira infância, jovens e adultos. A programação é gratuita e poderá ser acompanhada pelo Portal Belo Horizonte, com tradução em libras, audiodescrição e legendagem.
“O FLI BH se consolidou, ao longo das últimas edições, como uma importante iniciativa da Prefeitura dentro das políticas públicas voltadas para o livro, leitura, literatura e bibliotecas, e é muito representativo realizarmos este Festival neste momento que vivemos. Teremos neste ano uma edição que, totalmente virtual e gratuita, trará uma programação potente e com atividades dos mais diversos tipos e formatos, convidando a população de todas as idades a importantes reflexões sobre o papel dos livros e da leitura. Sua programação convida a exercitar a imaginação sobre o futuro nas diversas dimensões, com foco na produção literária nacional, com destaque especial para os autores da nossa cidade, e contando também com alguns convidados internacionais, promovendo o intercâmbio de experiências que é sempre tão enriquecedor no Festival”, ressalta Fabíola Moulin, secretária municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura.
Com curadoria de Ana Elisa Ribeiro (BH) e Madu Costa (BH), esta edição traz entre os convidados diversos nomes de Belo Horizonte e de outras partes de Minas Gerais, como Léo Cunha (BH), Fabrício Marques (BH), Rogério Coelho (BH), Odilon Esteves (BH), Águida Alves (Sabará), Santiago Reis (BH), Carol Fedatto (BH), Rubem Filho (BH), Isaac Luis (BH) e Carol Fernandes (BH). Também estão confirmados no evento Mariana Ianelli e Kiusam de Oliveira (SP), Geovani Martins (RJ), Jeferson Tenório (Porto Alegre), María José Ferrada e Sara Bertrand (Chile) e Marielle Macé e Gisèle Sapiro (França), entre outros.
“A participação de escritoras e escritores estrangeiros, vindos de Angola, Argentina, Chile, França e Moçambique, promove uma interessante troca de experiências sobre escritas e leituras e sobre uma agenda comum para o livro e a criação literária, que contempla as especificidades culturais e linguísticas de diferentes povos, mas se une em torno de um horizonte comum: a construção da garantia da diversidade no direito de ler e de escrever”, diz Gabriela Santoro, presidenta do Instituto Periférico.
A curadora Madu Costa destaca que toda a jornada literária está pautada na transformação e inclusão, em termos de gênero, raça e etnia. “A curadoria da 4ª edição do FLI BH buscou ampliar os gêneros literários para oferecer uma programação que abrace as diversas linguagens da leitura. Estamos trazendo a literatura de cordel, a literatura do slam, as literaturas digitais, as poligrafias e outros gêneros pelo mundo afora. Esta edição reforça o quanto Belo Horizonte reconhece o FLI como um espaço para falar de inclusão, uma pauta urgente e necessária para a nossa cidade”, define.
A homenageada é Maria Mazarello Rodrigues, mais conhecida como Mazza, primeira editora e primeira pessoa viva homenageada do Festival, que até então já lembrou nomes de grandes autores(as). Com percurso intelectual e humano marcado pelo envolvimento com as questões sociais, políticas e culturais do país, Mazza criou e dirige a casa editorial que leva seu nome. Mulher negra, uma das fundadoras da Editora do Professor e da Editora Vega, se consolidou através da Mazza Edições, que testemunhou alguns dos principais acontecimentos da sociedade brasileira das últimas décadas. “A Maria Mazarello é uma força no mercado editorial que sempre privilegiou autores e ilustradores negros. Mulher, 80 anos de vida, metade deles dedicados ao mercado editorial, a Mazza agrega valor ao Festival, pois é a representação viva da inclusão e da união por meio da leitura. É lindo poder homenageá-la, e em vida”, comemora Ana Elisa Ribeiro, também curadora da 4ª edição do FLI BH.
A identidade visual da 4ª edição do FLI BH foi desenvolvida a partir de uma ilustração criada pelo artista plástico, chargista, escritor e ilustrador Nelson Cruz especialmente para o evento.
Esta edição do Festival Internacional de Literatura tem apoio da Aliança Francesa de Belo Horizonte, que viabiliza a participação das autoras francesas Marielle Macé e Gisèle Sapiro. “No ano passado, a crise da covid-19 nos ensinou que a leitura não constava como uma das atividades ‘essenciais’. Mas a escrita é teimosa e os números surpreenderam: passados os dias de sideração, as vendas de livros decolaram. Afinal, qual a fonte dessa resiliência inesperada? Que estranho pacto é esse firmado entre autor, livro e leitor? Será que nessa cumplicidade a própria vida irrompe? ‘De fato, como dissociar o autor, a sua vida e a sua obra?’, questiona Gisèle Sapiro. Já Marielle Macé, por sua parte, nos lembra que ‘ler não é uma atividade à parte, que só competiria com a vida'; é um daqueles comportamentos pelos quais, no dia a dia, damos forma, sabor e até estilo à nossa existência", diz Yves Mahé, diretor da Aliança Francesa.
Programação
A jornada literária começa no dia 10 de agosto e traz para a conferência de abertura o poeta e ensaísta Edimilson de Almeida Pereira para falar sobre o tema “Editorias negras no Brasil: notas sobre ser estrangeiro em sua própria terra”. As atividades seguem até o dia 20 de agosto com Oficinas de Formação, Oficinas de Sensibilização, Oficina Primeira Infância, Rodas de Leitura, Narração de Histórias, Clube de Leitura, Sarau, Performance de Ilustrações e Podcasts. A programação traz, ainda, Mesas de Debates com Lucía Tennina (Argentina), Tadeu Sarmento (BH), Paula Abramo (México), Jarid Arraes, Sérgio Karam (Porto Alegre), entre outros; Exibições de Entrevistas com nomes como a francesa Marielle Macé, o moçambicano Nataniel Ngomane e a brasileira Dalva Maria Soares; e o Seminário Adolescer: Sujeitos e Percursos Literários, que acontecerá em comemoração aos 30 anos da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ BH) e vai tratar sobre a relação do adolescente com a leitura, em uma conferência e três mesas de debates com a participação de Bel Santos Mayer (SP), Nilma Lacerda (RJ), Sara Bertrand (Chile), Geovani Martins (RJ) e Roberta Estrela D’Alva (SP), entre outros convidados.
Feira de Livros
A Feira de Livros da 4ª edição do FLI BH acontecerá também no formato virtual, hospedada no site oficial do Festival, e contará com a participação de mais de 100 editoras inscritas, que darão descontos especiais durante o Festival. Orientada pelo compromisso com a bibliodiversidade e com o fortalecimento da economia do livro, a feira reúne casas editoriais de pequeno, médio e grande portes, que com seus catálogos oferecem aos leitores múltiplas autorias. As instruções para a compra com desconto estarão no link de cada editora hospedada na Feira de Livros do FLI BH.
Sobre o FLI BH
Realizado a cada dois anos, o FLI BH oferece atividades diversas para a valorização da literatura, contemplando públicos distintos e abarcando as cadeias criativas, produtivas, formativas e de promoção do acesso ao livro e à leitura. Desde a primeira edição, o Festival já recebeu mais de 500 profissionais e artistas convidados e realizou cerca de 500 atividades voltadas para leitores de todas as idades.
Serviço
Festival Literário Internacional de BH 2021
Data: 10 a 20 de agosto – on-line e gratuito
Mais informações.
Plataforma de realização do Festival: fli.pbh.gov.br (ainda em construção)
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