Criada para celebrar o Dia Nacional do Aço, comemorado em 09 de abril, a exposição Vetor Vivo, de João Diniz, precisou ser postergada em função do avanço da pandemia e do fechamento do museu para visitação física. A reabertura do andar expositivo possibilitou a visitação presencial, mas o museu continua oferecendo toda a sua programação em formato online, incluindo a exposição. A estrutura montada para a visitação online garante uma perfeita apreciação, permitindo mergulhar por este universo conduzido pelo experiente e premiado arquiteto João Diniz. “Vetor Vivo”. Para ter acesso, o visitante deve acessar o perfil do MM Gerdau na plataforma Google Arts&Culture. A exposição Vetor Vivo também é tema de um dos roteiros das Visitas Virtuais Mediadas pelo setor Educativo, oferecidas semanalmente ao público.
A exposição apresenta esculturas em aço como forma de materializar a composição de ideias espaciais, sejam elas artísticas ou arquitetônicas. Por este motivo, são determinadas pelo autor como es.cult.trut.uras. Esse diálogo entre as duas áreas é um elemento muito presente nos trabalhos de João Diniz. As esculturas apresentadas por ele foram construídas a partir do aço fornecido pela Gerdau e foram concebidas de formas experimental e gestual a partir de maquetes em madeira. O arquiteto optou por trabalhar o aço de forma livre, comprometidas com as geometrias poliédricas. “Os espaços construídos geralmente surgem a partir de uma ordenação inicial que os mantém rígidos, funcionando como o esqueleto básico que determina sua forma. À essa ordem estabilizante se dá o nome de estrutura, concebida a partir de preceitos geométricos onde o peso da edificação é conduzido ao solo através de linhas de força que correm por elementos físicos também chamados de vetores”, explica João Diniz ao justificar sua escolha por um sistema criativo mais fluido, fugindo do convencional tradicional ao longo do processo.
De acordo com João Diniz, “as peças retilíneas ou vetores estruturais podem ganhar vida a partir de uma manipulação, ao mesmo tempo, racional e intuitiva do aço, o que permite realizar tanto esculturas lúdicas e imaginárias, quanto edifícios reais e duradouros”. Essas duas formas de composição se completam, revelando uma versatilidade que pode ganhar vida a partir de uma manipulação, ao mesmo tempo, racional e intuitiva.
Dentre as imagens que poderão ser conferidas pelo público estão obras em aço realizadas pelo escritório João Diniz Arquitetura, em diferentes escalas e temas programáticos. Os edifícios apresentados no filme que faz parte da exposição mostram uma extensa variedade de possibilidades da construção metálica, buscando uma forma própria de interpretar esse sistema construtivo. Esse filme de 24 minutos de duração, que integra a experiência, convida o espectador a fazer uma imersão pelos principais projetos executados por João Diniz ao longo de sua carreira utilizando o aço como matéria-prima. Dessa forma, o filme não se apresenta apenas como um complemento à exposição, mas como parte fundamental para a compreensão da mesma uma vez que estabelece um paralelo entre as estruturas expostas no museu (que sugerem uma espécie de arquitetura futura) com o real, demonstrando o que já foi construído. O autor possui inclusive uma estreita relação com o audiovisual, colecionando uma vasta produção como realizador, que pode ser conferida em seu canal no YouTube: https://www.youtube.com/user/joaodiniz/videos
A obra audiovisual criada para a exposição “Vetor Vivo” é uma produção de Daniel Ferreira e Bel Diniz e a trilha sonora é assinada por Pterodata - arquitetura dos sons, um projeto colaborativo criado por João Diniz com a participação de diversos outros criadores.
“Vetor Vivo” pode ser visitada presencialmente ou virtualmente pelo perfil do MM Gerdau na plataforma Google Arts&Culture, e também é tema de um dos roteiros das Visitas Virtuais Mediadas pelo setor Educativo, oferecidas semanalmente ao público.
:: SOBRE JOÃO DINIZ::
João Diniz é arquiteto e diretor da empresa João Diniz Arquitetura LTDA, executando projetos e construções nas áreas de edificações, interiores, design e urbanismo. Formou-se pela UFMG, é mestre em Engenharia Civil, com ênfase em construção metálica pela UFOP, e doutorando na UFMG, onde prepara tese sobre sua arquitetura construída. Desenvolve paralelamente ações nas áreas de artes visuais, poesia, música, vídeo e performance, o que chama de ‘arquitetura expandida’ ou ‘transArquitetura’. Fundou o projeto colaborativo ‘Pterodata’, em que participa com outros criadores nessas atividades interdisciplinares. Em 2019, realizou as exposições ‘Trama’ e ‘Teia’, em Belo Horizonte, unindo estrutura e escultura e que deram origem à mostra ‘Vetor Vivo’, apresentada agora no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte.
Recebeu alguns destaques na carreira, como: Medalha de Ouro no Fórum Mundial de Jovens Arquitetos e Prêmio Rotring, em Buenos Aires, em 1991, prêmios Espaço da Moradia, Obra Edificada, Monografia editada, Trabalho Teórico e Arquitetura em Aço do IABMG em 1997, 2002, 2008, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2017, menções honrosas na IV Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Engenharia, Quito, Equador, 2004, e no concurso para revitalização do Mercado de Florianópolis, em 2013, prêmio Ville de Saint Pierre, Martinica, 2007 e orientador do Highly Commended Project EcoHouse Student Competition, RIBA, Londres 2007.
É professor adjunto no curso de arquitetura da Universidade Fumec, em Belo Horizonte, e já proferiu palestras, cursos e oficinas em diversas universidades e instituições profissionais no Brasil e também na Argentina, República Dominicana, Martinica, Espanha, França, Alemanha, Lituânia, Bulgaria, Polônia e Eslováquia. Seus trabalhos podem ser conhecidos em várias páginas da internet e em www.joaodiniz.com.br
:: SOBRE O MM GERDAU O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal ::
| www.mmgerdau.org.br|
O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, integrante do Circuito Liberdade desde 2010, é um museu de ciência e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da mineração e da metalurgia. Em 20 áreas expositivas, estão 44 exposições que apresentam, por meio de personagens históricos e fictícios, os minérios, os minerais e a diversidade do universo da Geociências. O Prédio Rosa da Praça da Liberdade, sede do Museu, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), o edifício passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou que a decoração interna seguiu o gosto afrancesado da época, com vocabulário neoclássico e art nouveau. O projeto arquitetônico para a nova finalidade do Prédio Rosa, que já foi Secretaria do Interior e da Educação, foi feito por Paulo Mendes da Rocha e a expografia, que usa a tecnologia como aliada da memória e da experiência, é de Marcello Dantas. Além da exposição permanente, o MM Gerdau oferece uma programação diversa e para todas as idades. Todas as atividades são gratuitas e estão sendo oferecidas em formato digital. O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal é patrocinado pela Gerdau, via lei Federal de Incentivo à Cultura, com o apoio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
Serviço
MM Gerdau promove a exposição “Vetor Vivo”, de João Diniz
Data: até 16/10
Horário de visitação presencial: de terça a sábado, de 11h às 18h e quinta de 11h às 21h. Toda última terça-feira do mês: 11h às 17h
Informações completas no site: www.mmgerdau.org.br
Visitas virtuais pelo Google Arts&Culture
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