Imagine juntar de um lado, o Quinteto Violado – pioneiro na criação da música popular brasileira com arranjos inspirados nas tradições nordestinas e profunda pesquisa do folclore nacional; Do outro, a Banda de Pau e Corda, que entrou em 2022 iniciando as comemorações do seu cinquentenário feito de canções populares nordestinas que promovem o diálogo entre o imaginário sertanejo e as paisagens urbanas. Pois é isso que os mineiros poderão assistir no palco do Palácio das Artes no dia 19 de março, sábado, às 21h.
Ambos celebram 50 anos de amizade, admiração e carreira e montaram um show com um repertório que, apesar de difícil de ser escolhido e uma história difícil de ser contada em apenas um show, promete emocionar o público.
A direção musical ficou a cargo de Dudu Alves, tecladista do Quinteto Violado e Sérgio Andrade, vocalista e fundador da Banda de Pau e Corda. Pelo lado do Quinteto Violado, tem músicas autorais e Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Zé Dantas, Geraldo Vandré, entre outros. A Banda de Pau e Corda apresenta Flor d’Água, Lampião, Viva o Recife, e muitos dos grandes sucessos dos dois grupos que resistem e persistem em manter suas identidades musicais, marca registrada do sucesso dos dois. Não é à toa que os dois, juntos, somam 100 anos de carreira!
A turnê, na verdade, é a retomada desse projeto, com direção geral cênica de Pedro Francisco de Souza e que estreou nacionalmente em 13 de março de 2020, em Juiz de Fora/MG, quando foi interrompida pela pandemia do novo coronavírus. A volta aos palcos será carregada de emoção no reencontro das duas bandas comemorando 50 anos de carreira cada uma, 100 anos de música.
Quinteto Violado
Surgido em Pernambuco no momento pós-tropicalista (1971), o Quinteto Violado focou seu trabalho na música regional, valorizando a cultura brasileira através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais dos seus integrantes. Desta época até hoje o Quinteto e sua identidade sonora – construída a partir do contrabaixo, violão, viola, flautas, teclados, percussão e vozes – conquistam cada vez mais admiradores pelo Brasil e o mundo. Inicialmente formado por Toinho Alves, falecido em 2008, canto e baixo acústico; Marcelo, canto, viola e violão; Fernando Filizola, canto, viola e sanfona; Luciano Pimentel, falecido em 2003), vocal, bateria e percussão, e Sando, flautista, na década de 1990 passou a ser integrado por Toinho, baixo acústico, compositor, cantor e diretor musical do conjunto; Marcelo, violonista, violeiro, cantor e compositor; Ciano Alves, flautas; Roberto Medeiros, cantor e baterista; e o tecladista e arranjador Dudu Alves.
O seu estilo Free Nordestino se caracteriza pelos arranjos com a identidade nordestina e a influência da música do mundo – a música do Quinteto é orgânica, com personalidade local, mas, quando projetada, tem referências que independem de nacionalidade. É um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia. Algumas poesias ou letras são dos próprios integrantes, mas a maioria é leitura do cancioneiro popular que recebe roupagem nova com arranjos transformadores. As músicas têm um toque de contemporaneidade e improvisos típicos do jazz, passeando do erudito ao mais popular dos estilos.
Banda de Pau e Corda
Cirandas, modinhas, frevos, xotes, maracatus e baiões… Com os pés fincados na brasilidade, no regionalismo, nas raízes culturais pernambucanas, a Banda de Pau e Corda tem enorme representatividade na história musical brasileira. Nascida na efervescente Recife dos anos 70, pelo talento dos irmãos Roberto, Waltinho e Sérgio Andrade, a Banda atravessou décadas misturando ritmo e poesia na medida certa.
A história de sucesso começou quando os três músicos perceberam a necessidade de interpretar suas canções com uma instrumentação mais apropriada. Com o incentivo dos pais, o jornalista Oswalter Andrade e a poetisa Maria José Rabelo de Andrade, eles adquiriram a Olho Nu, uma conhecida casa de shows no centro da capital pernambucana. Foi justamente ali onde o grupo se consolidou, com a inclusão de instrumentos à base de pau e corda, como flauta pífano, contrabaixo acústico, atabaques, violão, viola de 10 cordas e percussão. Sem nome até aquele momento, o conjunto foi batizado a partir da sugestão do músico Toinho Alves, do grupo Quinteto Violado. Surgia então a Banda de Pau e Corda, que soma hoje em sua trajetória de sucesso centenas de viagens, turnês, projetos especiais, 10 álbuns e uma legião de fãs que se propaga de geração para geração.
Ingressos/Protocolo Covid
Os ingressos estão à venda pelo site da Eventim, a partir de R$70,00 (meia entrada). Para participar do show, é necessário apresentar comprovante de vacinação ou teste negativo para Covid-19.
Serviço
Show Na Estada: Quinteto Violado e Banda de Pau e Corda
Data: 19 de março, sábado
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes
(Avenida Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte/MG)
Ingressos: a partir de R$70,00 (meia entrada)
Vendas: Eventim
Ficha Técnica do Show
Direção Geral do Show: Pedro Francisco de Souza
Assistente de Direção: Rafael Moura
Direção Musical e Seleção de Repertório: Dudu Alves e Sérgio Andrade
Arranjos: Quinteto Violado e Banda de Pau & Corda
Produção Executiva do Show: Pedro Francisco de Souza e Rafael Moura
Coordenação Geral: Gegê Lara e Carlos Alberto Xaulim
Quinteto Violado:
Marcelo Melo – Voz, Violão e Viola
Ciano Alves – Flauta e Violão
Roberto Medeiros – Voz e Bateria
Dudu Alves – Voz e Teclado
Sandro Lins – Baixo
Banda De Pau & Corda:
Sérgio Andrade – Voz e Percussão
Júlio Rangel – Vocal e Viola
Sérgio Eduardo – Contrabaixo
Zé Freire – Vocal e Violão
Iko Brasil – Flauta
Alexandre Baros – Vocal e Bateria