A Casa Fiat de Cultura apresenta ao público uma das peças mais representativas do barroco italiano interpretada pelo Quarteto Musik e convidados: “Stabat Mater”, de Giovanni Battista Pergolesi. A obra foi especialmente selecionada pelo grupo de câmara para sua primeira apresentação no programa Música na Capela, que terá como convidado o cravista Antonio Carlos de Magalhães, a soprano Liliane Maciel e a mezzo-soprano Jennifer Imanishi. Os instrumentistas do Quarteto Musik são Rodrigo de Oliveira (violino), Rodolfo Toffolo (violino), Roberto Papi (viola) e Lucas Barros (violoncelo). O público poderá ouvir a peça sacra, na íntegra, neste domingo, 29 de abril, das 11h às 12h, na Capela de Santana, localizada nos jardins da Casa Fiat de Cultura. A entrada é gratuita, com espaço sujeito à lotação (80 lugares).
Giovanni Battista Pergolesi foi um compositor italiano do século XVIII, que criou uma das mais célebres “Stabat Mater Dolorosa”, estilo de peça sacra que reflete sobre o sofrimento de Maria durante a Paixão de Cristo, com base em um hino escrito no século XIII. Encomendada por um Duque, a obra foi a última escrita por Pergolesi, aos 26 anos, concluída no ano de sua morte. O Quarteto Musik interpretará a íntegra da peça, dividida em doze movimentos. Trata-se de parte do expressivo e volumoso trabalho deixado pelo jovem compositor.
Desde 2015, o Música na Capela busca ampliar a formação musical do público, ao oferecer apresentações de experientes corais e grupos de câmara, com repertório diversificado e acesso gratuito. O programa é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e da Casa Fiat de Cultura, com patrocínio de Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Banco Fidis, Fiat Chrysler Finanças, Fiat Chrysler Participações e Banco Safra, e com apoio de Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Governo de Minas e Governo Federal.
Quarteto Musik
Grupo formado por músicos que compartilham práticas de música de câmara no Brasil, Estados Unidos e Europa, incluindo participação em festivais internacionais de renome, como Aspen Music Festival, Spoleto Festival dei Due Mondi, Tanglewood Music Center, Amelia Island Chamber Music Festival, Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão e École Normale de Musique de Paris. Participaram de masterclasses de renomados cameristas, tais como Guillaume Sutre (Quarteto Ysaye), Roland Pidoux, Chantal De Buchy, James Dunham, Roberto Díaz, Norman Fischer, Christopher Rex e Jeffrey Khaner. Receberam premiações, foram solistas e membros de diversas orquestras brasileiras e norte-americanas. Atualmente, o quarteto concilia intensa temporada de concertos, como integrantes da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e da Orquestra Ouro Preto.
Rodrigo de Oliveira, violino
Técnico de violino pela Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo e formando de Licenciatura em Música pela Universidade Metropolitana de Santos, estudou com os professores Jefferson Denis, Elisa Fukuda e Cláudio Micheletti. Integrou, como spalla, a Camerata Zajdenbaum, a Sinfônica de Atibaia, a Sinfônica Jovem de Taubaté, a Sinfônica de São José dos Campos, apresentando-se, como solista, com todas elas. Participou de diversos festivais de música, como o de Santa Catarina, o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o Música nas Montanhas e o de Ouro Branco, e foi um dos jovens músicos retratados pelo documentário Prova de Artista, com direção de José Joffily. Aprimorou-se em masterclasses com Charles Stegeman, Clara Takarabe, Igor Sarundiansky, Vadim Gluzman, Roberto Díaz, Misha Keylin, Rachel Barton Pine, Augustin Hadelich e Denis Parker. Foi ganhador do concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e da Orquestra Sinfônica de Goiânia. Atualmente, integra a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a Orquestra Ouro Preto.
Rodolfo Toffolo, violino
Mineiro de Belo Horizonte, Rodolfo iniciou os estudos de violino, aos seis anos, com Luciene Villani. Foi aluno dos professores Edson Queiroz de Andrade e Paulo Bosísio, com quem concluiu o bacharelado, pela Universidade do Rio de Janeiro, a Unirio. Rodolfo participou da Orquestra Sinfônica Jovem das Américas, regida por Kent Nagano, e da Orquestra Jovem do Mercosul. Integrou o Quarteto Tristão de Ataíde, ao lado de Ricardo Amado, Hugo Pilger e Dhyan Toffolo. Integrou, ainda, os Primeiros Violinos da Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, da Petrobras Sinfônica e da Orquestra Sinfônica Brasileira. Atua na Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, e, também, na Orquestra Ouro Preto, da qual é um dos fundadores, além de integrar a Direção Artística. Foi solista diante de Orquestra Jovem do Sesiminas, Orquestra Musicoop, Orquestra Ouro Preto e Camerata Giengen, na Alemanha. Rodolfo também já colaborou com grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Roberto Carlos e Sivuca.
Roberto Papi, viola
Natural de Spoleto, na Itália, iniciou os estudos dedicando-se ao violino, sob orientação de Fabrizio Ammetto. Mudou-se para os Estados Unidos, para dar início aos estudos em viola, graduou-se em Música pela Vanderbilt University, na classe de Kathryn Plummer, e obteve mestrado em Música pela Rice University, com James Dunham. Apresentou-se em Festivais na Itália e nos Estados Unidos, o inclui Spoleto Festival dei Due Mondi, Tanglewood Music Center, Aspen Music Festival, Texas Music Festival e Amelia Island Chamber Music Festival. Com intensa atividade camerística, apresentou-se com James Dunham, Roberto Díaz, Norman Fischer, Christopher Rex e Jeffrey Khaner, assim como integrou a New World Symphony. Atualmente, é principal assistente do naipe de violas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
Lucas Barros, violoncelo
Lucas Barros nasceu em família de músicos. Começou pelo violino e pelo oboé, com os tios e, aos nove anos, decidiu seguir os estudos com o violoncelo, orientado por Antonio Viola, da Universidade Estadual de Minas Gerais. Dois anos mais tarde, passou a se aperfeiçoar com Fabio Presgrave, na Escola de Música de São Brás do Suaçuí. Também foi regularmente orientado por seu tio, Eliseu Barros, professor de violino na Universidade Federal de Minas Gerais. Participou de diversos festivais, como o Internacional de Campos do Jordão, o Música nas Montanhas e o Villa-Lobos. Atuou, como solista, com as orquestras Filarmônica e Sinfônica de Minas Gerais, Filarmônica de Goiás, Sinfônica da UFRN e a de Câmara Sesiminas, dentre outras. Apresentou-se, também, na temporada de concertos do BNDES, no Rio de Janeiro. Lucas recebeu o Primeiro Prêmio no VI David Popper International Cello Competition (Hungria – 2015); o segundo lugar geral e o prêmio Nanny Devos para o brasileiro mais bem colocado no Rio International Cello Encounter (2013); o primeiro lugar no Concurso para Jovens Solistas da Sinfônica de Minas Gerais (2010 e 2011). Em 2015, venceu o concurso promovido pelo Mozarteum Brasileiro, que lhe proporcionou um ano na academia da Deutsches Symphonie-Orchester Berlin (DSO Berlin). Lá, estudou com Matias de Oliveira Pinto, Mathias Donderer e Fabio Presgrave. Lucas é Bacharel em Violoncelo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, integra a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
Convidados:
Cravista Antonio Carlos de Magalhães
Graduado em piano, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pós-graduado na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). É Diretor Artístico do projeto “Segunda Musical”, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e já gravou quatro álbuns solo, tendo realizado concertos, solo e em grupo, em Portugal, Alemanha, Áustria, Holanda, Bélgica, Polônia, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
Liliane Maciel, soprano
Formada em Canto Lírico e pós-graduada em Ensino de Línguas, a soprano paulista integrou, por oito anos, o Coro Sinfônico de São José dos Campos. Fez oficina de repertório com o maestro argentino Oscar Escalada e participou das oficinas de Regência ministradas pela maestrina Érica Hindrikson e o Laboratório de fonética da língua alemã aplicado ao canto, com a professora Andrea Kaiser, no III Festival de Verão da Escola Municipal de São Paulo. Também integrou o festival Música nas Montanhas de Poços de Caldas, em 2017. Como solista, participou dos Concertos “Glória” de Vivaldi, “O Messias”, de Händel, “Stabat Mater”, de Pergolesi, e “Réquiem”, de Fauré. Interpretou Susanna, de “As Bodas de Fígaro”, Primeira dama e 2º Gênio, de “A flauta Mágica”, ambas de Mozart, foi Primeira Bruxa na ópera “Dido e Eneas” e Vênus, na ópera “King Arthur”, ambas de Purcell. Integrou o corpo de cantores da Academia Experimental de Artes de São José dos Campos e o elenco do Ópera Studio do Vale. Participou de Festival Internacional de Ópera Barroca, interpretando first witch na Ópera “Dido e Eneas”, no Grande palco do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, regida por Marcio da Silva (Brasil/Inglaterra) e com preparação de Sarah Gilford (Inglaterra). Integra o naipe de sopranos do Coro Concentus Musicum, regido pela maestrina Iara Fricke Matte.
Jennifer Imanishi, mezzo-soprano
Mezzo-Soprano natural de Belo Horizonte e criada no Japão, formou-se em Bacharelado em Canto Lírico na classe da professora Luciana Monteiro, pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 2016. Foi solista na “Missa em Lá Maior”, BWV 234, de J.S. Bach, “Vésperas Solenes de Domingo”, KV.321, de W.A.Mozart, “Come Ye Sons of Art”, de Henry Purcell, “Stabat Mater”, de Antonio Vivaldi, dentre outras obras, sob regência de Iara Fricke Matte, Eduardo Teixeira Mendes e Cláudio Lage. Atualmente, compõe o naipe de contraltos do Coral Concentus Musicum de Belo Horizonte e do Coral Lírico de Minas Gerais.
Casa Fiat de Cultura
Há 12 anos, a Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural mineiro, ao apresentar, em Belo Horizonte, algumas das mais relevantes e prestigiadas exposições já realizadas no Brasil. Foram mais de 40 exposições de consagrados artistas brasileiros e internacionais, além de mostras de artistas que despontam na cena contemporânea.
Sua contribuição à renovação da produção artística e à formação de público se estende por meio de uma programação diversificada de música, palestras e de um Programa Educativo que propõe conceitos e reflexões no diálogo com o público em visitas mediadas e nas práticas promovidas no Ateliê Aberto, um espaço de experimentação artística livre.
A Casa Fiat de Cultura integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Em sua sede no histórico edifício do Palácio dos Despachos apresenta, em caráter permanente, o simbólico painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. Mais de 2 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 350 mil participaram de suas atividades educativas.
Serviço
Música na Capela de Santana da Casa Fiat de Cultura
Praça da Liberdade, 10
29 de abril de 2018, domingo, das 11h às 12h
Entrada gratuita
Quarteto Musik
Antonio Carlos de Magalhães, cravista
Liliane Maciel, soprano
Jennifer Imanishi, mezzo-soprano
Programa
Giovanni Battista Pergolesi
Stabat Mater
1 . Duett (Chor): Stabat mater dolorosa
2 . Arie (Sopran): Cujus animam gementem
3 . Duett (Chor): O Quam tristis et afflicta
4 . Arie (Alt): Quae moerebat et dolebat
5 . Duetto (Soli): Quis est homo
6 . Arie (Sopran): Vidid suum dulcem natum
7 . Arie (Alt): Eja mater fons amoris
8 . Duett (Chor): Fac ut ardeat cor meum
9 . Duett (Soli): Sancta mater, istud agas
10 . Arie (Alt): Fac ut portem Christi mortem
11 . Duetto (Soli): Inflammatus et accensus
12 . Duett (Chor): Quando corpus morietur – Amen
Informações
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