Pular para o conteúdo

Orquestra Sesiminas Musicoop apresenta Live Concerto “Beethoven – o Grande Humanista”

    O último concerto do ano será transmitido pelo canal youtube.com/fiemgoficial e presta homenagem aos 250 anos do compositor. A apresentação conta com os solistas convidados Elisa Galeano (pianista) e Rodrigo Oliveira (violonista). O encerramento está a cargo do Quarteto Trombominas com “Beethoven250”, um medley de obras-primas do mestre alemão escrito para Trombone.

     

    No dia 16 de dezembroquarta-feira, a Orquestra Sesiminas Musicoop, uma das mais longevas do país (1986), faz sua última apresentação do ano com transmissão do concerto “Beethoven – O Grande Humanista”, inteiramente dedicado ao compositor alemão. Conhecida por apresentações nos pátios de fábrica, praças e teatros de Minas Gerais, a Orquestra também rende homenagens aos 300 anos do Estado e aos 30 anos do Centro Cultural Sesiminas BH. A direção artística e regência são de Felipe Magalhães. O concerto será costurado por falas sobre a vida e obra de Beethoven pelo músico-pesquisador da Filarmônica, Werner Silveira. O concerto começa às 19h no canal youtube.com/fiemgoficial. Classificação indicativa: livre. Duração: 90 minutos.

     

    “Beethoven foi uma das primeiras gerações a respirar os ares do iluminismo que desejava libertar o indivíduo das opressões da igreja e da monarquia. Contemporâneo, portanto, da Revolução Francesa, da Inconfidência Mineira, no Brasil”, explica o músico-pesquisador Werner Silveira. Apesar da surdez progressiva, “ele tinha sentimento profundo de que sua música poderia transformar a humanidade”.

     

    maestro e diretor artístico Felipe Magalhães acrescenta que após a morte do compositor, foi encontrada na gaveta de Beethoven uma carta de despedida. “Era impossível para ele viver sem a audição. Mas toma a decisão de não pôr fim à própria vida por acreditar que ainda tinha muito a deixar para a humanidade e coloca sua existência a serviço da arte”. Segundo o maestro, a partir da terceira sinfonia, chamada de Heroica, o artista inaugura um tipo de drama musical, em que a tragédia humana está presente e é sempre superada. “O ser humano sempre vence no final. Beethoven era contemporâneo de uma época de muita crença na racionalidade e na capacidade humana”, completa.

     

    A peça de abertura do concerto é a célebre Sonata ao Luar, original para piano solo, mas que, nesta apresentação, traz orquestração inédita fundindo cordas e piano. O arranjo do primeiro movimento é autoria de Felipe Magalhães: “o público assiste, pela primeira vez, as cordas em junção com o piano nesta obra”. O segundo movimento da Sonata é executado em versão somente para cordas, com arranjo de J. Kowalewski. O terceiro será com piano solo, como no original de Beethoven. A solista convidada é a exímia pianista Elisa Galeano.

     

    Já Romance para violino e orquestra Nº 2, Op. 50 tem adaptação para orquestra de cordas escrita por William Barros, instrumentista da Musicoop. O violino solo fica a cargo de Rodrigo Oliveira, integrante da Orquestra Filarmônica, que tem se revelado no meio erudito.

     

    A obra Quarteto de Cordas Op. 131 foi composta nos últimos anos de vida de Beethoven, quando já estava completamente surdo. “Os últimos quartetos de cordas são de uma profundidade criativa que transcende a música de sua época, mas que, ao mesmo tempo, demonstram um elaboradíssimo rigor harmônico e formal, onde todos os elementos relacionam entre si, de maneira orgânica e natural. Verdadeiras obras-primas”, comenta o maestro. A orquestra fará os dois últimos movimentos do quarteto em versão para orquestra de cordas.

     

    encerramento do concerto traz arranjo inédito tocado pelo grupo convidado Quarteto Trombominas. O medley de temas de Beethoven “Beethoven 250” passeia por várias obras-primas do mestre alemão, fundindo as cordas ao quarteto de trombones. “Foi Beethoven que inseriu os Trombones na Orquestra como naipe independente, no último movimento de sua 5o Sinfonia”, explica o arranjador da obra, Gilson Silva.

     

     

    PROGRAMA

     

    1 – Sonata Op.27, nº2 (Orquestra + piano solo)

    I. Adagio sostenuto

    II. Allegretto

    III. Presto agitato

    Solista: Elisa Galeano, piano

     

    2 – Romance Nº 2, Op. 50 (Para violino e orquestra)

    Solista: Rodrigo Oliveira, violino

     

    3 – Quarteto de Cordas Op. 131 (versão para orquestra de cordas)

    VI. Adagio quase um poco andante

    VII. Allegro

     

    4 – Medley de temas de Beethoven (arranjo para orquestra de cordas e quarteto de trombones)

    Grupo convidado: Quarteto Trombominas

     

    FICHA TÉCNICA – CONCERTO DE ABERTURA “BEETHOVEN – O GRANDE HUMANISTA”

    Direção artística e regência: Felipe Magalhães

    Palestrante: Werner Silveira

    Solistas convidados: Elisa Galeano (pianista), Rodrigo Oliveira (violinista) e Quarteto Trombominas (Marcos Flávio, Pedro Aristides, Renato Lisboa e Sérgio Rocha)

    Violinos primeiros: Elias Barros (spalla), Ravel Lanza, William Barros, Vitor Dutra, Filipi Sousa e Henrique Rocha

    Violinos segundos: Simone Martins, Gláucia Borges, Olivia Maia, Olga Buza e Hozana Barros

    Violas: Cleusa Nébias, Gláucia Barros, Alex Evangelista e Claudison Benfica

    Violoncelos: João Cândido, Firmino Cavazza e Antônio Viola

    Contrabaixo: Thiago Santos e Filipe Augusto Costa

    Gerência da orquestra: Jussan Fernandes

    Produção: Chayene Sousa, Clarice Fonseca e Jussan Meireles

    Coordenação de comunicação e imprensa: Beatriz França – Rizoma Comunicação e Arte

    Gestão de redes sociais: Renata Rocha

    Programação visual: Igor laranjo – Osca Design

    Realização: Musicoop

    Patrocínio: Sesi

     

    EXTRAS – CURRÍCULOS

     

    ORQUESTRA SESIMINAS MUSICOOP

    A História da Orquestra Sesiminas Musicoop começa em 1986, quando nasce a Orquestra de Câmara SESIMINAS. Por iniciativa pioneira de Nansen Araújo, presidente da FIEMG à época, cria-se uma orquestra de câmara com o objetivo principal de garantir ao trabalhador da indústria mineira e a seus dependentes o acesso à música orquestral de qualidade. O grupo sempre prezou, desde o início, pela qualidade técnica de seus músicos. Junto a essa preocupação técnica, empreendeu-se um incansável trabalho de formação de público dentro de indústrias e escolas, através de concertos de caráter didático e concertos comentados, com uma escolha de repertório cuidadosamente feita no sentido de aproximar o público à música orquestral de câmara.

     

    Em 1995, como resultado de um processo evolutivo que visaria a melhoria técnica e operacional da Orquestra, é fundada a Musicoop (Cooperativa de Trabalho dos Músicos Profissionais de Minas Gerais). A partir de então, a Musicoop, sob a presidência de Jussan Fernandes, passa a coordenar todo o trabalho administrativo da Orquestra. A grande novidade é que, agora, a própria gestão da Orquestra passa a ser da Musicoop, tendo o Sesi como patrocinador máster. De novo nome, a Orquestra Sesiminas Musicoop já conta com mais de 1.100 concertos, realizados em pátios de fábrica, canteiros de obras, espaços públicos, hospitais, escolas, além das melhores salas de concerto da capital e de todo o Estado de Minas Gerais.

     

    O alto nível técnico, aliado à preocupação na aproximação com o público, fizeram da Orquestra Sesiminas Musicoop um dos grupos mais versáteis do país, atuando de maneira efetiva tanto no âmbito da música erudita, quanto popular. A excelência e seriedade profissional do grupo, sempre comandado pelo Maestro Marco Antônio Maia Drumond, foram ressaltadas pelo maestro Edino Krieger, os violinistas Cláudio Cruz e Paulo Bosísio, o violoncelista Antonio Meneses e o pianista Nelson Freire. O sucesso e o respeito conquistados no âmbito da música erudita levaram à criação, em 2016, da Série de Concertos Sempre às Quartas. Por ela, passaram os mais renomados músicos brasileiros, como Antônio Meneses, Arthur Moreira Lima, duo Assad, João Carlos Martins entre outros. Também não faltaram estrelas internacionais como o harpista Sacha Boldachev e o saxofonista Sergey Kolosov (ambos russos) o pianista ítalo-francês Gabriel Gorog, o regente polonês Jaroslaw Lipke e o Trio coreano Kim. No campo popular, a OSM atuou ao lado de Mílton Nascimento, Diogo Nogueira, Vander Lee, Maria Gadu, Skank, Jota Quest, Mônica Salmaso entre outros. Participou de turnês nas principais cidades do Estado com Flávio Venturine e as bandas Skank e Jota Quest.

     

    A Orquestra tem quatro álbuns gravados: Aquarelas (1996), Sortilégios da Lua (1999), Alma Brasileira (2004) e Orquestra de Câmara SESIMINAS e Jota Quest ao vivo (2015). Por essa longa trajetória de sucesso, a nova Orquestra Sesiminas Musicoop é hoje também o mais tradicional grupo orquestral de câmara de Minas Gerais, e um dos mais importantes e respeitados do país, sempre aliando versatilidade a excelência artística.

     

    FELIPE MAGALHÃES – MAESTRO

    Felipe Magalhães iniciou seus estudos de piano aos 9 anos de idade, na Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte. Lá estudou também percepção musical, solfejo e contraponto. Em 2008 graduou-se bacharel em regência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2009, transferiu-se para a França, onde obteve, em 2011, o “Diploma Superior de Regência Orquestral” da École Normale de Musique de Paris, sob direção de Dominique Rouits e Julien Masmondet. Devido ao bom desempenho em seus estudos, foi agraciado com a bolsa de estudos do Centre International Nadia et Lili Boulanger, instituição francesa que ajuda estudantes em música estrangeiros que se destacam no país. Em seguida, iniciou mestrado em musicologia pela Université Sorbonne Paris IV, obtendo o diploma em 2013 com a menção máxima : “très bien”. Felipe Magalhães foi regente titular do Coral da Escola de Belas Artes da UFMG, do Coral Vozes do Campus e dos Corais Juvenil e Adulto do Instituto Cultural Inhotim, entre outros. Atualmente, Felipe Magalhães é diretor artístico e regente da Orquestra Sesiminas Musicoop, do Madrigal Renascentista e do Coral Acordos e Acordes.

     

    WERNER SILVEIRA – MÚSICO-PESQUISADOR

    Werner Silveira é percussionista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde a sua criação em 2008. Foi professor de percussão e Coordenador do Departamento de Música do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR). Há 20 anos vem pesquisando sobre as relações entre as artes, a filosofia, a ciência, a educação e a gestão, por meio de um ciclo de palestras temáticas intituladas Degustação Musical. Há cinco anos é curador do projeto de palestras Concertos Comentados, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e desde fevereiro de 2017 é professor convidado da Fundação Dom Cabral, nas áreas de Arte e Gestão e Humanidades na Gestão. Em outubro de 2019 Werner criou a OVO (Orquestra Voluntária de Belo Horizonte), com o objetivo de dar a dezenas de jovens estudantes de música da grande BH uma formação orquestral de excelência. A sua estreia aconteceu no dia 17 de dezembro de 2019, com o concerto “O Legado de Beethoven”, na Sala Minas Gerais, para um público de quase mil pessoas.