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Medo é tema do espetáculo “BOO” – novo trabalho da Minha Companhia, dedicado ao público infantil

    Montagem criada durante a pandemia faz estreia online em janeiro (29.01), com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, e realiza temporada presencial nos dias 12 e 13.02, às 16h no Teatro Marília, dentro da Campanha de Popularização. Em cena, as palhaças Brisa (Janaina Morse) e Tecla (Maria Tereza Costa) refletem sobre o medo na perspectiva da infância, de maneira leve e bem-humorada, com muita palhaçada e música.

     

    No dia 29 de janeiro, sábado, a Minha Companhia – coletiva artística formada pelas palhaças Janaina Morse e Maria Tereza Costa – estreia o espetáculo “Boo”, que discute o medo do ponto de vista da criança. A apresentação, que traz palhaçaria e música, será online, às 10h, no canal do Youtube Brisa e Tecla, e fica disponível gratuitamente. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo HorizonteEm seguida, o duo de palhaças cumpre temporada presencial nos dias 12 e 13 de fevereiro, sábado e domingo, às 16h, dentro da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Ingressos a R$20 nos postos do Sinparc, ou pelo site e aplicativo Vá Ao Teatro, e na bilheteria do teatro a R$50 e 25 (meia). Gênero: palhaçaria. Classificação indicativa: livre.

    Com trajetórias artísticas distintas, mas a palhaçaria em comum, Janaina e Maria Tereza se encontram, em 2019, e criam a Minha Companhia. De lá para cá, “a coletiva” já conta com 2 álbuns musicais: Avoar e Showzaças, lançados na plataforma Digital Soundcloud – sendo “Avoar” contemplado em 4º lugar no Prêmio da Música Popular Mineira, categoria álbum infantil em 2020 -, além de três espetáculos cênicos/musicados, utilizando as linguagens da música e da palhaçaria que circularam virtualmente, em vários festivais pelo Brasil. “Boo” é o quarto trabalho da coletiva.

    BOO, onomatopeia do medo, é um clássico universal da infância, mas pouco debatido com os pequenos. A gente sempre falava em abordar esses temas meio tabu, ‘ditos intocáveis’ para as crianças. Em geral, a palhaçaria tem essa licença de falar de situações difíceis, de botar em evidência certas coisas, porém, de uma maneira subversiva, sutil e divertida”, explica a atriz, educadora e pesquisadora em comicidade, Janaina Morse, que atua também como palhaça em hospitais. “Já encontrei muitas crianças com medo: medo de palhaça, de palhaço, de agulha, de morrer. O tema sempre me rondava”, diz. 

    Maria Tereza Costa – palhaça, atriz, cantora, musicista, compositora, reconhecida e premiada na área de atuação e trilha sonora – acrescenta que a experiência da pandemia também contribuiu para a escolha do recorte. “Caímos de paraquedas nesse caos pandêmico. A gente estava vivendo isolada, com medo de adoecer, com medo de ficar sem dinheiro, sem saber quando tudo isso acabaria. Então, levamos isso para a cena e jogamos nossas palhaças numa situação de incerteza”, conta.

    Na trama, Brisa e Tecla caem de paraquedas no meio de uma floresta inóspita e perigosa. Lá, encontram seus maiores e piores medos, descobrem como sobreviver, enfrentar e superar suas dificuldades com muita coragem! Mulheres… Super heroínas, ativar! “A gente tem poucos espetáculos infantis em Belo Horizonte de palhaçaria, sobretudo feminina. É uma linguagem que toca o público com a graça, não só do riso, mas da graciosidade”, contextualiza Janaina Morse. Sob orientação dramatúrgica de Assis Benevenuto, de palhaçaria da pesquisadora Daniela Rosa e orientação circense de Lucas Castro, a temática foi desenvolvida em cima de pilares de sororidade. “É uma história de superação e enfrentamento. Duas palhaças perdidas, vivendo o desconhecido, mas uma tem a outra e vão passar por essa situação juntas”, explica Maria Tereza.

    Mesmo a interação com a plateia sendo um dos recursos mais potentes da palhaçaria, Janaina Morse garante que “BOO” chega ao espectador tanto no formato virtual como presencial. “Apesar de uma estreia na internet, desde o início pensamos o espetáculo para o presencial. Com a pandemia foi preciso adaptar. Durante a exibição no canal, a gente acredita que a interação aconteça pela própria natureza e temática do trabalho, que toca o público, mesmo não sendo um produto concebido para o audiovisual”.

    FICHA TÉCNICA

    Realização e produção: Minha Companhia | Atuação: Janaina Morse – Palhaça Brisa

    Maria Tereza costa – Palhaça Tecla | Orientação dramatúrgica: Assis Benevenuto | Orientação de Palhaçaria: Daniela Rosa | Orientação Circense: Lucas Castro | Trilha sonora original: Maria Tereza Costa | Iluminação: Marina Arthuzzi | Cenografia e figurino: Janaina Morse e Maria Tereza Costa | Confecção de figurinos: Pauline Braga | Confecção de figuras de sombra e objetos de cena: Leandro Marra | Captação de imagem, áudio e edição de vídeo: Lava, paisagem cênica | Plataforma: Lançamento na plataforma digital Youtube. Canal Brisa e Tecla

     

    MINHA COMPANHIA

    A “MINHA COMPANHIA” é uma coletiva artística criada em 2019 por Janaina Morse e Maria Tereza Costa – duas mulheres, artistas, criadoras, pesquisadoras, inquietas e com uma grande afinidade artística. Defendendo e exercitando integralmente o protagonismo feminino, fortalecendo o processo investigativo da atuação da mulher no cenário da criação e da autoralidade das obras artísticas, a Minha Companhia estrutura sua criação na experimentação cênica multilinguística e suas intersecções. A coletiva conta com 2 álbuns musicais; Avoar e Showzaças; lançados na plataforma Digital Soundcloud, sendo “Avoar” contemplado em 4º lugar no Prêmio da Música Popular Mineira, categoria álbum infantil em 2020 e três espetáculos cênicos/musicados, utilizando as linguagens de música e palhaçaria.

    SERVIÇO

    Estreia Boo, novo trabalho da Minha Companhia

    Estreia online: 29.01, sábado – às 10h – canal do Youtube Brisa e Tecla

    (Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte)

    Temporada presencial: 12 e 13 de fevereiro, sábado e domingo, às 16h

    Teatro Marília (Av. Prof. Alfredo Balena, 586 – Santa Efigênia)

    Ingressos a R$20 nos postos do Sinparc, e no site e aplicativo Vá Ao Teatro

    E a R$50 e 25 (meia) na bilheteria do teatro

    Dentro da Campanha de Popularização do Teatro e da dança

    Classificação indicativa: livre | Gênero: palhaçaria