Com o início da nova safra de cana-de-açúcar, com capacidade para atender o público interno com consumo de etanol, o Governo Federal restabeleceu o imposto original de 18% sobre o combustível importado pelo Brasil que vinha sendo cobrado desde a última quarta-feira(1). Isso porque a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu não prorrogar o prazo das tarifas de importação.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, enfatizou: “Essa isenção foi implementada de forma despreparada e prejudicou a indústria nacional de etanol, que é responsável por gerar empregos, oportunidades e energia limpa e precisa ser observada”.
Roberto Perosa, secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), disse que a volta do imposto de importação protegeu o setor produtivo brasileiro sem impactar a economia dos consumidores finais.
Segundo ele, o etanol brasileiro é mais competitivo e barato na maior parte do Brasil e a indústria tem capacidade de fornecer o biocombustível para atender a demanda interna. “Não há risco de desabastecimento ou aumento de preços”, concluiu o secretário. A produção brasileira de etanol para a safra 2022/23 está estimada em 31,14 bilhões de litros, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).