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Festival Mundial de Circo termina no próximo final de semana com apresentação inédita no Brasil do espetáculo canadense “Em Panne”

    Formado por artistas que vieram do Circo de Soleil, o grupo “Os Sete Dedos da Mão” encerra a 20ª edição do evento, que pela primeira vez teve a sua programação realizada em um ambiente virtual. Apresentação da montagem será neste sábado e domingo, na plataforma do festival www.festivalmundialdecirco.com.br.

     

    O último final de semana da 20ª edição do Festival Mundial de Circo será coroado com o espetáculo “Em Panne”, do grupo canadense “Os Sete Dedos da Mão”, referência na cena circense contemporânea, formado por artistas que vieram do Circo de Soleil. A montagem fala de um futuro próximo em que os teatros estão vazios e os artistas são forçados a se reunir em segredo em vastos espaços abandonados. “Todo feito durante pandemia, o trabalho é muito poético e providencial para o momento”, afirma Fernanda Vidigal, idealizadora e coordenadora do Festival Mundial de Circo. Em Panne” vai estar disponível na ‘cidade do circo’ (www.festivalmundialdecirco.com.brno sábado e domingo (24 e 25), das 18h às 24h.

     

    O 20º Festival Mundial de Circo acontece desde o dia 16 julho, levando ao público trabalhos de artistas originários do Brasil, Canadá, Espanha, França, Holanda e Uruguai. A programação conta 24 trabalhos, entre espetáculos e cenas circenses, além de diálogos em rede, exposição, oficinas e documentários. O público tem acesso gratuito a todas as atividades do Festival pelo endereço www.festivalmundialdecirco.com.brOs espetáculos ficam disponíveis na plataforma por tempo variado e para acessá-los basta entrar no ícone “bilheteria” e fazer um cadastro simples (e-mail e criação de uma senha). Para assistir as demais atrações o cadastro não é necessário.

     

    No lugar de simplesmente acessar o site do festival, o público é transportado para a atmosfera mágica do circo, em uma plataforma com ilustrações desenhadas pelo diretor audiovisual e artista plástico Conrado Almada. Com alguns cliques, a plateia entra em uma espécie de ‘cidade circense flutuante’, com lonas, balões e dirigíveis, possibilitando ao público trocar de tenda a cada atração. A proposta é dar ao espectador a sensação de ser remetido ‘para dentro do picadeiro’. “Por exemplo, você clica em Globo da Morte e experimenta a sensação de estar dentro daquela estrutura de metal circular, com motociclistas dando voltas completas. Acredito que mesmo no digital, a arte tem o poder de transformar o cotidiano e criar espaços de identificação com o público, de aconchego, emoção e alegria”, afirma Fernanda Vidigal.

     

    Durante a programação, as obras apresentadas passeiam por temáticas contemporâneas distintas, como gênero, relações amorosas, dilemas do ofício, os desafios da comunicação e as novas tecnologias, a solidão humana e o isolamento social em contexto de pandemia. A Mostra de Cenas Circenses traz ao todo 22 trabalhos nacionais e internacionais, divididos em 06 mostras inéditas, sendo 04 adultas e 2 infantis). Além disso, importantes artistas da cena local de BH e Minas também apresentam as Mostras direcionadas ao público adulto de forma lúdica e divertida

     

    Além dos espetáculos e cenas, os diálogos em rede colocam no centro do picadeiro as questões importantes do segmento, como o mercado de trabalho, a criação artística, a falta de política pública para o circo, entre outras. Entre as oficinas previstas, estão “O Balão Torcido”, da Escola Internacional de Palhaço, com Chacovachi e Maku Fanchulini, direcionada a palhaços e artistas em geral, e “Produção e Gestão Cultural”, com o produtor e gestor cultural Rômulo Avelar, direcionada a artistas e grupos circenses. As oficinas são gratuitas, com inscrição prévia entre 25 de junho e 09 de julho, pelo site do www.festivalmundialdecirco.com.br. O Festival irá disponibilizar ainda, na plataforma, dois documentários com temáticas relacionadas ao circo, como “Espero que não demore a voltar essa alegria” e “Dossiê Escola Nacional de Circo: 25 Anos de Pedagogia no Picadeiro”, e a exposição “A deriva da linha ou o mistério que salta”, da artista visual e circense, Clarice Panadés.

     

    A 20ª edição do Festival Mundial de Circo é realizada com os benefícios da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Patrocínio: Rede Materdei, Banco CNH Industrial, New Holland Construction e Ápia. Apoio: Buerau Quebec e Galpão Cine Horto. Realização: Agentz Produções Culturais e CIRC – Centro de Intercâmbio e Referência Cultural.