Imagens: Divulgação Imprensa

Um grupo se descobre intrigado quando surge um novo amigo. Esse é o fio condutor do espetáculo “Incluídos & Misturados” que terá estreia nacional em Belo Horizonte. Inspirada nos livros do projeto Literatura Acessível, todos com histórias protagonizadas por personagens com alguma deficiência, a montagem traz um olhar para a diversidade na perspectiva inclusiva. Uma roda de conversa formativa com a idealizadora do projeto, Carina Alves, vai anteceder a apresentação da peça, às 14h, no sábado, 30 de julho. A apresentação do espetáculo é às 15 horas, no Teatro da Biblioteca Pública Estadual de Belo Horizonte. As atividades têm entrada gratuita.

O projeto Literatura Acessível é patrocinado pela Microcity, Mahle e Hypofarma, com produção da Burburinho Cultural e é uma realização do Instituto Incluir, da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério do Turismo.

Na montagem, que utiliza a linguagem de contação de histórias, um viajante recém-chegado de um lugar imaginário conta para o público suas experiências vividas com os personagens da turma Incluídos e Misturados. “É um espetáculo teatral sensorial e interativo que aborda como temas principais a acessibilidade e inclusão. Através de atividades lúdicas, o personagem principal conduz todos para uma viagem a um mundo sem distinções, onde as diferenças unem a todos”, explica o diretor Vinicius Soares.

A peça é uma das iniciativas do projeto Literatura Acessível, que tem como objetivo levar a informação, o conhecimento e a cultura a uma parcela da população que conta com poucas opções de acesso à leitura. São aqueles que apresentam algum tipo de necessidade específica ao ato de ler, como idosos, disléxicos, pessoas cegas ou com baixa visão, surdos, e  autistas.. Antecedendo a estreia do espetáculo, a idealizadora do projeto vai conduzir um bate-papo com o objetivo de dialogar sobre a busca de estratégias para a efetivação da inclusão da pessoa com deficiência na sociedade levando em conta a realidade e especificidades locais. “Nosso foco é na formação profissional e esse momento nos permite entender os desafios e as potencialidades das pessoas com deficiência. É uma via de mão dupla essa relação. A nossa sociedade precisa entender que a educação precisa ser para todos, possibilitando ações na perspectiva da emancipação e não da segregação”, afirma Carina Alves que é psicóloga, empreendedora e ativista social, presidente do Instituto Incluir e idealizadora do Literatura Acessível.

 

Literatura Acessível

O projeto teve início em 2014 e hoje atende todas as regiões do Brasil e, inclusive, dialoga com outros países. Além de distribuir os livros gratuitamente, a iniciativa contempla contação de histórias em escolas públicas de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Limeira, e Jundiaí. O Literatura Acessível também oferece e-books gratuitos e um aplicativo.

Nesta perspectiva, o projeto busca estimular a inclusão social das crianças e jovens com e sem deficiência, desenvolver através da prática da leitura suas habilidades cognitivas, criativas e psicológicas. A iniciativa pretende criar oportunidades de atividades culturais e educacionais para proporcionar uma nova sociedade que seja mais digna e mais justa.

Obras da série

Os livros que compõem a série trazem de forma lúdica e inspiradora histórias reais, revelam as dificuldades enfrentadas por pessoas com algum tipo de deficiência e seus familiares, evidenciam o cotidiano de superação e mostram como é possível transformar através do novo. 

O menino que escrevia com os pés

Autora: Carina Alves

“O Menino Que Escrevia com os Pés” foi desenvolvido em parceria com a Universidade de Leiria em Portugal, que trabalha com livros infantis em multiformato. O objetivo é disseminar o tema com responsabilidade, maestria e ludicidade. A obra traz a história de Tico, um menino alegre que, após sofrer um acidente ao soltar bombas, perde as duas mãos e se reinventa através do esporte e da educação.

A Princesa que tinha um cromossomo a mais 

Autoras: Carina Alves e Mari Meira

A obra traz uma proposta de pluralismo de ideias para crianças e jovens, estimulando o protagonismo da diversidade, o multilinguismo e uma discussão saudável sobre educação especial na perspectiva inclusiva dentro e fora das escolas. O livro conta a história de uma menina que nasce com Síndrome de Down e se reinventa no cotidiano preconceituoso instalado na sociedade pós-moderna.

Meu nome é Bia, sabia?

Uma menina descobriu que incluir era uma questão de cidadania e de direitos humanos e resolveu conversar com todas as pessoas que ela conhecia para que a Inclusão fizesse parte da cultura daquela comunidade que ela vivia e assim tudo foi se transformando num mundo melhor

Autora: Carina Alves

A sociedade que temos e a sociedade que queremos

Essa história conta sobre uma sociedade produzida por uma escola fracassada e que diante de uma crise se reinventa e busca uma nova maneira de pensar a Educação. Uma escola de pessoas e para pessoas. Humanizadora, transformadora e democrática.

Autora: Carina Alves

Incluídos e Misturados

Um grupo de amigos se descobrem intrigados quando surge um novo amigo que precisa ser incluído e todos juntos aprendem como lidar com as diferenças e criam uma cultura mais inclusiva e menos preconceituosa.

Autora: Carina Alves

Serviço

Palestra Formação para Inclusão de conversa com Carina Alves, com participação da cantora Thay.

Quando: sábado, 30 de julho, às 14h

Estreia do espetáculo Incluídos & Misturados

Quando: sábado, 30 de julho, às 15h

Onde: Teatro José Aparecido Oliveira da Biblioteca Estadual de Belo Horizonte

Praça da Liberdade, 21 – Savassi, Belo Horizonte – MG, 30140-010

GRATUITO

Eventos com intérprete de libras

Ficha técnica do espetáculo

Idealização: Literatura Acessível – Carina Alves \ Realização: Instituto Incluir \ Texto e Direção: Vinicius Soares \ Assistente de Direção: Fabrício Ligiero \ Ator: Thayan Ribeiro \ Figurino e adereços: Tiago Costa \ Músicas: Rafael Galhardo \ Produção Executiva: Burburinho Cultural\ Direção de produção: Priscila Seixas e Thiago Ramires\ Produtores: Joelma Veiga, Camille Dias e Fabrício Ligiero \Assessoria de imprensa BH: Luz Comunicação – Jozane Faleiro.