A “mãe do pop dançante brasileiro” e “madrinha” do Funk Carioca, traz sucessos da carreira. A abertura conta também com bate-papo sobre “Menopower – a Potência das Mulheres 50+”, com a atriz e cantora Zezé Motta (RJ) e a jornalista da Vogue, Cláudia Lima (SP).

Realizado na Funarte MG, a 5ª edição do festival destaca a produção artística e cultural de mulheres e LGBTQIAPN+ originárias de cinco estados brasileiros, com programação diversa que reúne shows, debates, oficinas, performances, mostras de economia criativa, de artistas visuais, exposição de fotografia, exibição de curtas metragens, e muito mais.

Nos dias 3, 4 e 5 de outubro, (quinta, sexta e sábado), a Funarte MG abriga a diversidade da produção brasileira de mulheres e LGBTQIAPN+ vindas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pará. O público belo-horizontino terá acesso à programação composta por shows, performances, oficinas, mostras de economia criativa e de artistas visuais, exposição de fotografia, debates, exibição de curtas metragens, além de comes e bebes. Os ingressos estão à venda a preços populares por R$20 e R$10 (meia) na plataforma Sympla. Na portaria do evento, serão arrecadados absorventes e itens de higiene pessoal destinados ao projeto artístico e sócio-cultural Yo Soy Sangria (@yosoysangria) e garante o pagamento da meia-entrada social. O Elas Festival é patrocinado pela Cemig, pelo Grupo SADA e pelo Banco BS2, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e da Lei Municipal de Incentivo a Cultura, com a realização da ELAS Produções e do Governo de Minas Gerais – Governo Diferente Estado Eficiente.

O papel das mulheres no empreendedorismo se torna cada vez mais relevante para a sociedade. Em Minas Gerais, o negócio próprio é a principal fonte de renda para sete a cada dez mulheres que empreendem, segundo pesquisa do Sebrae Minas, de março deste ano. De acordo com o levantamento, mais de 60% das empreendedoras afirmam que as principais motivações para investir são a realização pessoal, a flexibilidade de horários e a independência. Porém, mais da metade (53%) ainda relatam ter dificuldade para conciliar a gestão do negócio com as tarefas domésticas.

Sensíveis a este contexto, em 2019, a produtora cultural Aninha Linares e a gestora Luiza Firmato criam o ELAS Festival, que nasce com objetivo de incentivar o empreendedorismo feminino ligado à cadeia produtiva cultural. Agora, na 5ª edição, celebram a iniciativa que já faz parte do calendário da cidade. “O ELAS Festival protagoniza mulheres e os trabalhos exercidos por elas em diferentes segmentos da cadeia produtiva da cultura, com o propósito de gerar trabalho e renda para mulheres que estão à frente de suas carreiras, sejam elas da área artística ou da prestação de serviços, por exemplo”, comenta Luiza Firmato.

A produtora Aninha Linares acrescenta que “o ELAS se consolidou, ao longo das edições, por acreditar na potência feminina e reunir talentos. Nos últimos anos, fidelizamos parcerias e nos fortalecemos para levar, cada vez mais, o trabalho de mulheres para o maior número de pessoas”, diz.

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

Com programação que reflete a diversidade, neste ano, o festival vai trabalhar temáticas variadas em torno da mulher. Entre os destaques, está o Papo com ELAS, que, nesta edição, traz discussões sobre “Maternidades”, “Territórios Insurgentes” e “Menopower – a potência das mulheres 50 +”. Este último tem participação da atriz e cantora Zezé Motta (RJ) e da jornalista Cláudia Lima (SP), sob mediação da premiada jornalista televisiva Fabiana Almeida (MG). “Precisamos falar sobre isso! Em uma sociedade na qual mulheres têm a sensação de invisibilidade à medida que elas envelhecem, debater sobre a potência 50+ é uma necessidade latente. Destacar as mulheres, seu potencial, conquistas e desafios são os fios condutores desse bate-papo que promete emocionar o público presente”, comenta Luiza Firmato.

Além da pluralidade de estilos musicais, a equipe de curadoria do ELAS amplificou os territórios e trará a BH, na área externa da Funarte MG, shows com artistas de diferentes partes do Brasil. Além da abertura com a carioca Fernanda Abreu e seu show “Amor Geral”, em que reúne sucessos de várias fases da artista, outro destaque é a presença da cantora baiana Melly – revelação do ano pelo Prêmio Multishow, indicada ao Latin Grammy  e aplaudida pela crítica no álbum de estreia intitulado “Amaríssima”, que transita do pop ao RnB. No show, a artista traz faixas de seu novo álbum, e hits prévios, sob direção musical de Theo Zagrae (BK, Luedji Luna, etc), e direção criativa de Philippe Rios.

Uma das principais vozes da música pop contemporânea da Amazônia, Aíla também está entre os pontos altos do ELAS Festival. A artista traz uma trajetória marcada pela inovação, diversidade de ritmos populares brasileiros (brega, calypso, brega funk, pisadinha) e por reflexões sobre gênero e feminismo.

Outro nome que chama atenção é da rapper, compositora e ativista da causa indígena, Katú Mirimreconhecida por suas letras de rap/rock que recontam a história da colonização pela ótica indígena. A artista promete um espetáculo único e envolvente, com uma narrativa pulsante e genuína. Sob os holofotes, Katú converge para uma celebração de cultura, felicidade e autoestima como nunca antes visto.

Diretamente de São Paulo, a Funmilayo Afrobeat Orquestra, fundada em 2019, traz um repertório de canções do Afrobeat brasileiro. Formada pela cantora e saxofonista Stela Nesrine e a trompetista Larissa Oliveira, o nome da banda é uma homenagem a Funmilayo Anikulapo Kuti – mulher pioneira na luta pelos direitos das nigerianas e mãe de Fela Anikulapo Kuti, criador do gênero Afrobeat.

Entre as pratas da casa, destaque para o trabalho de Laura Sette – artista periférica de Belo Horizonte, integrante do selo A Quadrilha. Desde 2014, atua na cena cultural Hip Hop da cidade com lançamentos de diversos singles que acumularam mais de 500 mil reproduções. Sua música reflete uma jornada marcada pela autenticidade e criatividade. No show de Sette, participação especial da artista Iza Sabino, que, desde 2014, é também figura marcante na cena Hip Hop belo-horizontina. Seu trabalho busca representar o empoderamento de mulheres negras e da comunidade LGBTQIAPN+ e já atingiu alcance nacional e internacional.

Durante os três dias de programação, as mostras de fotografia, artes visuais e curta metragens estarão abertas à visitação, nos Galpões da Funarte MG. O público terá acesso ao olhar de artistas de outros estados, que foram selecionadas, via chamamento público, pelas equipes de curadoria do festival.

Mostra de Fotografia “Territórios Insurgentes” aborda os lugares construídos pelo trabalho coletivo de mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ nas comunidades tradicionais e nos espaços de resistência urbana. A curadoria é de Letícia Reis – pesquisadora da História africana, feminista, sapatão, que fotografa mulheres negras e atua com patrimônio cultural em busca de perspectivas emancipatórias para comunidades tradicionais. “O convite à Letícia vem exatamente com o objetivo de romper com a visão binária de gênero e abrir espaço para vozes pluriculturais e multiétnicas que desafiam a cis-hetero-normatividade”, comenta Aninha Linares.

A partir da curadoria do MAM – Movimento Arte na Maternidade, a Mostra de Artes Visuais reúne trabalhos que expressam a relação das artistas mulheres, que são mães, com o “tempo”, tema da mostra. A Mostra de Curtas Metragens abre com exibição única do filme convidado “Deixa”, que tem atuação de Zezé Motta e direção de Mariana Jaspe. Organizada a partir do olhar da  curadora e produtora audiovisual Tamira Abreu, a mostra é uma seleção de produções dirigidas por mulheres, com até 15 minutos de duração. “Quando o audiovisual se conecta com a perspectiva feminina, o cinema ganha uma força única. Os filmes feitos por mulheres trazem experiências e histórias que muitas vezes ficam de fora das produções tradicionais. Ao valorizar essas cineastas, celebramos a diversidade de narrativas e o poder do cinema como ferramenta de empoderamento e transformação social”, comenta Tamira Abreu.

Mostra de Economia Criativa traz produtos autorais e serviços variados de 30 expositoras residentes em Belo Horizonte e região metropolitana. “Teremos desde acessórios, vestuários, cosméticos, adornos, além de tatuagens (flash tattoo)”, conta Dani Lages, curadora da mostra.

Dentro da programação das artes cênicas do ELAS Festival, estão previstas performances das atrizes Ludmilla Ramalho, com “Papel de Mãe”, e Tina Dias, com “Mulher Cueca”. Também haverá apresentação do espetáculo “Águas de São Pedro” – performance de dança, teatro e música sobre as histórias de vida das mulheres lavadeiras da região nordeste de Minas Gerais, (médio Jequitinhonha). O espetáculo integra o projeto MENINADANÇA, dedicado à proteção de meninas contra a violência e a exploração sexual (@meninadançabrasil).

Oficinas circenses variadas para crianças

Enquanto mamães e papais aproveitam a programação do sábado, que será ao longo do dia, o Instituto Cultural Circolar oferece, para a criançada, uma imersão no universo do circo com vivências de malabares, barangandã, equilibrismo e mágica. Essas atividades de apoio às famílias serão realizadas no período de quatro horas, com dois intervalos curtos de 15 minutos entre as sessões, garantindo um tempo adequado e proveitoso para a prática e o aprendizado.

Além das atrações artísticas, será ofertada, nesta edição do ELAS, oficina gratuita voltada para empreendedoras, em parceria com o Sebrae Delas Minas – instituição parceira do ELAS, desde 2021.

Acessibilidade

A 5ª edição do ELAS Festival conta com medidas de acessibilidade, como: recursos em Libras e Audiodescrição; legendas em vídeos e cardápio em Braille; acessibilidade arquitetônica – que permite às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, uma locomoção com autonomia, e acessibilidade digital a partir da inclusão de textos alternativos em imagens.

Serviço

 

PROGRAMAÇÃO ELAS FESTIVAL 2024

Mais informações: @elasfestival

Local: Funarte MG (Rua: Januária, 68 – Centro)

Ingressos a preços populares: R$20 e R$10 (meia) – venda na Sympla: www.sympla.com.br/elasfestival

 

Dia 03/10 – Quinta-feira

16h – ABERTURA DO EVENTO

16h – DJ SoulPolis_com convida DJ Mandy

16h – Espaço de Acolhimento (Galpão 2)

16h – Abertura Mostra de Fotografia (Galpão 3)

16h – Abertura Mostra de Economia Criativa (Galpão 4)

16h – Abertura Mostra de Artes Visuais (Galpão 5)

17h – Papo com ELAS “Menopower: A potência das Mulheres 50+” com a participação de Zezé Motta e Cláudia Lima – Mediação: Fabiana Almeida (Galpão 1)

19h – Abertura Mostra de Curtas – Exibição única do filme convidado: “Deixa”, de Mariana Jaspe (Galpão 1)

19h30 – Performance “Mulher-Cueca”, com Tina Dias

20h – Show Fernanda Abreu

 

Dia 04/10 – Sexta-feira

16h – ABERTURA DO EVENTO

16h – DJ Bebela Dias

16h – Espaço de Acolhimento (Galpão 2)

16h – Mostra de Fotografia (Galpão 3)

16h – Mostra de Economia Criativa (Galpão 4)

16h – Mostra de Artes Visuais (Galpão 5)

19h – Show Katú Mirim

20h – Performance “Papel de Mãe”, com Ludmilla Ramalho

20h30 – Show Laura Sette com participação da Iza Sabino

Dia 05/10 – Sábado

14h – ABERTURA DO EVENTO

14h – DJ Jambruna

14h às 18h – Oficinas Infantis com Instituto Espaço Circolar (Gramado)

14h – Apresentação cênica do Projeto MENINADANÇA (Galpão1)

14h – Espaço de Acolhimento (Galpão 2)

14h – Mostra de Fotografia (Galpão 3)

14h – Mostra de Economia Criativa (Galpão 4)

14h – Mostra de Artes Visuais (Galpão 5)

15h – Mostra de Curtas (Galpão 1)

15h às 16h – Papo com ELAS “Territórios Insurgentes” com a participação de Nay Jinknss e Denise dos Santos – Mediação: Letícia Reis

15h às 16h – Papo com ELAS “Arte e Maternidades” com a mediação: Iaci Carneiro e Ciana Brandão

16h – Show Coral

17h30 – Show Aíla

19h – Show Melly

20h30 – Show Orquestra Funmilayo Afrobeat

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