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Em dezembro do ano passado, o ICF variou negativamente 0,1 pontos percentuais; o resultado é idêntico ao apurado no mesmo período de 2020

A reabertura das atividades econômicas ao longo do ano passado não se refletiu em otimismo por parte dos consumidores da capital mineira. É o que mostra a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada pela Fecomércio MG com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em dezembro passado, a ICF variou negativamente 0,1 ponto em relação a novembro, registrando 72,8 pontos, valor igual ao mensurado no mesmo período de 2020.

O analista de pesquisa da Fecomércio MG, Devid Lima, avalia que a estabilidade da intenção de consumo das famílias de Belo Horizonte está relacionada ao momento da economia brasileira. “Durante o ano passado, as famílias encontraram dificuldades para acessar o crédito, em função do aumento do desemprego, da inflação e da taxa de juros”, observa.

Nessa análise, o subindicador ‘emprego atual’ se destacou positivamente. Em dezembro, 28% das famílias se mostraram mais seguras no seu emprego em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, pontos levantados com os entrevistados confirmam que a ‘perspectiva profissional’ (101,9 pontos), ‘renda atual’ (82,6 pontos), ‘acesso ao crédito’ (71,1 pontos) e ‘perspectiva de consumo’ (74,0 pontos) refletem uma pequena variação negativa em relação ao mês anterior. Já os subindicadores ‘nível de consumo’ (49,0 pontos) e ‘momento para duráveis’ (23,9) apontam uma pequena, mas importante, alternância positiva.

O ICF é um indicador capaz de avaliar como os consumidores se comportam em relação aos aspectos relacionados à condição de vida de sua família, sua capacidade e consumo atuais de curto prazo, nível de renda doméstico e segurança no emprego. Para elaborar a pesquisa de dezembro foram entrevistadas mil famílias residentes em Belo Horizonte nos últimos dez dias de novembro. A margem de erro da pesquisa é de 3,5% e o nível de confiança é de 95%.