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CIRCO DE TODO MUNDO REALIZA SEU PRIMEIRO FESTIVAL ON-LINE, “CIRCO PARA TODOS”

    Respeitável público, o projeto Circo de Todo Mundo tem o prazer em apresentar o seu primeiro festival on-line, o Festival Circo Para Todosque acontecerá de 04 a 27 de junho, sempre de sexta a domingo. Artistas de diversas cidades de Minas preparam números circenses de diferentes técnicas, para o ambiente virtual. Acrobacia, malabarismo, dança, equilibrismo, capoeira e a música – que terá como atrações o cantor Chico Lobo (no dia 27, às 16h) -, além de uma série de bate-papos sobre a importância do Circo Social, das artes e do trabalho voluntário na área artística, estão entre as atrações que farão parte da programação que terá exibição pelo canal no Youtube do Circo de Todo Mundo (www.youtube.com/c/CircodeTodoMundo).

    Dezesseis números circenses, montados pelos artistas, especialmente para o Festival, integram a programação. São números curtos, de 5 a 7 minutos, e cada artista encerrará a sua apresentação com um depoimento sobre a importância do circo na sua vida e na sociedade. “A proposta do Festival é apresentar a importância do Circo Social, eixo condutor dos trabalhos do Circo de Todo Mundo, que, há 30 anos, une arte ao trabalho educativo, contribuindo para a formação dos jovens. A ideia é trazer um pouco de conteúdo artístico, mas também informativo. Por isso unimos números circenses com depoimentos de quem já experimentou esse trabalho social do circo na sua vida”, explica Rodrigo Robleño, artista, palhaço e curador do Festival Circo Para Todos. Os números serão gravados previamente pelos artistas e apresentados aos sábados e domingos, às 10h e 16h, pelo canal no Youtube do Circo de Todo Mundo.

     

    Já os bate-papos serão ao vivo, para que a plateia possa participar com perguntas e opiniões. Os temas vão girar em torno da importância do Circo Social, das artes e do trabalho voluntário na área artística. “Os bate-papos têm como objetivo esclarecer para comunidade como o motivo pelo qual as artes são fundamentais para o desenvolvimento individual e coletivo. Para isso, convidamos nomes que representam o Circo Social”, diz Robleño. Os bate-papos acontecerão ao vivo, às sextas-feiras, às 19h, também pelo Youtube do Circo de Todo Mundo. Participam o professor e palestrante Tio Flávio (Belo Horizonte), Andrea Godinho, da Patrulha da Alegria/Palhaços de hospital (Sete Lagoas), Daniel Vieira, do Instituto Circo Vida (Uberlândia), e Luciene Nogueira, da Organização Cultural Ambiental – OCA (Ouro Preto).

     

    Val Alves, gestora do Circo de Todo Mundo, define o Festival Circo para Todos como uma forma de mostrar para as pessoas um pouco do que é realizado pelo projeto, apesar da pandemia. Segundo a gestora, o Circo de Todo Mundo, que iniciou sua jornada em 1993, mesmo frente a desafios, segue na missão de oferecer às crianças e adolescentes um outro olhar para vida. “Por meio das artes, em especial o circo. Esse trabalho precisa continuar, seja debaixo da lona, com as oficinas presenciais, ou em movimentos on-line como esse, que reúne artistas que passaram pelo Circo de Todo de Mundo, levando para casas das pessoas um pouco do que nós realizamos nas últimas três décadas”, afirma.

     

    Para Rodrigo Robleño, a pandemia demandou uma transformação repentina na forma de fazer e de levar cultura ao público. “O mercado cultural tem se adaptado e conseguido se manter. As lives vieram como uma solução para o contexto de pandemia e vão ficar”, acredita.

     

    Mas alerta: “o público e fazedores de arte terão que aprender a dosar esse uso, ou daqui a um tempo, as pessoas estarão acostumadas a ficar dentro de casa, sem serem tocadas pela emoção por completo. Robleño acrescenta que: “o brilho nos olhos só acontece no presencial. No caso do circo, principalmente, o mais bonito e potente de um espetáculo é você ativar as emoções do público. Uma pessoa faz uma acrobacia e as pessoas fazem ohhh, quando um palhaço entra no picadeiro e todos riem junto – aquele tanto de gente que não se conhece rindo -, um malabarista que não deixa as bolas caírem e você fica extasiado e deixa essa emoção sair pelo aplauso. Como fazer isso pela tela de um computador, de um celular? Como afetar a pessoa, causar, o mínimo que seja, a mesma emoção do presencial no on-line? Esse desafio é imenso”, afirma.

     

    Val Alves compartilha da opinião de Robleño: “o maior desafio, além de ter que lidar com as novas tecnologias para acessar o público por meio das plataformas, é produzir um material que chame a atenção do público, que faça com que as pessoas queiram, de fato, assistir aquela atração on-line, que seja não uma coisa vazia, apenas feita. Em resumo, que não seja transmitido em vão.”

    HISTÓRICO DO PROJETO

    O Circo de Todo Mundo é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, criada em 1993, por técnicos militantes do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, núcleo de Belo Horizonte. O Circo defende os direitos humanos de crianças e adolescentes em risco pessoal e social por meio de atividades culturais, educativas, recreativas e circenses.

     

    Atualmente, conta com 2 espaços artísticos educativos: são dois circos, com toda a infraestrutura necessária para oferecer cursos artísticos a seus alunos, sendo uma lona montada em Betim e outra em Nova Lima. Pelo corpo de professores e diretores do Circo de Todo Mundo já passaram inúmeros artistas de fama internacional e, dentre seus alunos, vários se tornaram artistas com carreira sólida, inclusive participando do Cirque du Soleil e outras grandes companhias do mundo.