Para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta o projeto Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22 que acontece no CCBB Belo Horizonte nos dias 1º, 2 e 3 de abril, 19h30. Presencial e gratuito. O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil.
Imagem: Internet
Com idealização do escritor e Mestre em Artes Visuais Valdo Resende, curadoria e mediação da jornalista Katia Canton e produção da Kavantan & Associados, de Sonia Kavantan, o debate propõe reflexões sobre os contextos sócio-históricos que deflagraram a concretização do movimento ocorrido entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.
O seminário também questiona as influências dessa primeira etapa do modernismo na arte hoje e joga luz sobre os significados de uma busca pela identidade brasileira através da arte. Como a questão da brasilidade toma corpo agora? O diferencial do projeto é que estarão no foco da discussão as contingências em três aspectos – Histórico, Estético e Humano.
Programação CCBB Belo Horizonte
Dia 1º de abril, 19h30 – Contingências sócio-históricas: O Significado da Semana
– Maria Eugenia Boaventura – A Vanguarda Antropofágica.
– Regina Teixeira de Barros – Mulheres modernistas.
Esse primeiro encontro discute o significado da Semana de 22 na cidade de São Paulo. Ele investiga como era a Paulicéia até a explosão do modernismo, quem eram os artistas e como eles se organizaram em torno do movimento. Também apresenta o papel singular de Mário de Andrade, na pesquisa de nossas raízes e vocações identitárias.
Dia 2 de abril, 19h30 – Contingências Humanas: O significado do ser moderno hoje
– Carolina Casarin – Os Modernistas e a Moda.
– Fred Coelho – A semana de cem anos – novos olhares, novos arquivos.
A contingência articula as especificidades da estética desenvolvida pelos principais artistas que formaram a primeira fase do modernismo brasileiro. Nas artes visuais, na literatura e na música, como se caracterizou essa produção? Quem eram eles e como foram responsáveis pela representação de uma geração?
Dia 3 de abril, 19h30 – Contingências estéticas: A Composição da sinfonia modernista de 22
– Agnaldo Farias: Modernismo e colonialidades.
– Marcelo Campos: Antropofagia entre outros mitos e contribuições efetivas da Semana de 22.
Essa contingência se liga ao atravessamento do tempo/espaço e do alargamento do conceito modernista até os dias de hoje. Ao final, podemos ponderar: quais seriam as principais influências que aquele momento nos deixou como herança?
· As biografias dos palestrantes estão no final deste texto.
Dinâmica:
Nos três dias de evento (mesma quantidade de dias da Semana de 1922) haverá dois palestrantes e uma mediadora, com espaço de tempo para perguntas da plateia. O seminário será presencial e terá duas horas de duração. Cada encontro será aberto pela mediadora que apresentará colocações sobre o tema proposto e apresentará os palestrantes. Na sequência cada palestrante fará sua apresentação. O mediador retomará iniciando questionamentos para os palestrantes e depois o público também poderá fazer perguntas. Ao final, após as considerações finais dos palestrantes, o mediador fará o fechamento.
Será emitido certificado digital para a pessoa que comparecer a pelo menos duas palestras. Haverá tradução em libras durante todas as atividades.
Depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o projeto também acontecerá em Brasília (dias 5, 6 e 7 de maio, 20h).
Sobre a curadora
Katia Canton é artista visual, escritora, jornalista, professora e curadora. Estudou arquitetura, dança e formou-se jornalista pela ECA USP, em São Paulo. Também estudou literatura e civilização francesas no curso de estudos superiores dado pela Aliança Francesa juntamente com a Universidade de Nancy II. Em 1984 transferiu-se para Paris, com uma bolsa de estudos de dança moderna no estúdio Peter Goss.
Viveu em Nova York por oito anos, onde trabalhou como repórter para vários jornais e revistas e realizou mestrado e doutorado na New York University. Sua pesquisa acadêmica é interdisciplinar e relaciona as artes e os contos de fadas, de várias épocas e culturas do mundo. Trabalhou um ano e meio como bolsista no MoMA, de Nova York, criando projetos de arte e narrativa no departamento de educação. De volta ao Brasil, ingressou como docente na Universidade de São Paulo, sendo professora associada do Museu de Arte Contemporânea (onde foi vice-diretora) e do programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte.
Seu trabalho artístico é multimídia, incluindo desenho, pintura, fotografia e objetos, e conceitualmente se liga a questões sobre sonho, desejos e narrativas. Tem realizado exposições em museus, galerias e instituições culturais no Brasil e no exterior, desde 2008.
Como autora, além de escrever livros sobre arte, criou mais de 50 livros ilustrados para o público infantil e juvenil, tendo recebido vários prêmios, no Brasil e no exterior. Entre eles, recebeu por três vezes o prêmio Jabuti, prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
CIRCUITO LIBERDADE
O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
Serviço:
Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22
Local: Centro Cultural Banco de Belo Horizonte
Período: dias 1º, 2 e 3 de abril, às 19h30
Ingressos: Entrada gratuita. Retirada de ingressos através do site eventim.com.br e bilheteria CCBB
Classificação indicativa: 14 anos.
Endereço – Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte/MG.
(31) 3431-9400 e ccbbbh@bb.com.br
Funcionamento – De quarta a segunda, de 10 às 22h.