Nos dias atuais em que as rotinas são mais corridas, ter uma cozinha funcional é a solução para economia de tempo que muitos moradores tanto desejam. Essa modalidade que está cada vez mais em alta e, ao reunir beleza e praticidade, otimizações estratégias de um projeto de arquitetura de interiores são capazes de agregar facilidades para a utilização no dia a dia, bem como sua manutenção.

A arquiteta Gigi Gorenstein, responsável pelo escritório que leva seu nome, compartilha as 7 principais dicas que considera essenciais para uma cozinha. Acompanhe:

1.     Invista em gavetas e gavetões

Embaixo da bancada, a arquiteta Gigi Gorenstein trabalhou com uma distribuição inteligente de gavetas, para peças menores, e os gavetões, que abrem frente acomodar recipientes mais volumosos, como potes e panelas | Foto: Luis Gomes

A marcenaria planejada é uma aliada e tanto dos projetos, sejam eles grandes ou compactados. Na formatação, a arquiteta sugere investir no conjunto de gavetas e gavetões no espaço comumente considerado para armários. Principalmente embaixo de pias e balcões, elas oferecem mais facilidade, organização e ergonomia na retirada de itens como panelas, tampas e o universo de potes de todos os tamanhos. “Essa concepção é interesse, pois interfere na ergonomia das pessoas, que não precisam se abaixar para acessar no fundo”, destaca Gigi. Na missão de otimizar as gavetas e gavetões, peças organizadoras otimizam e liberam mais espaço. “Um cantinho a mais para guardar uma panela nova é sempre muito bem-vindo“, argumenta.

2.     Valorize uma cozinha composta por objetos práticos

Nessa cozinha assinada por Gigi Gorestein, barras de aço inox fixadas na parede permitem a instalação de suporte de pratos próximo à pia e a tábua removível, desenhada pela arquiteta, para o preparo de refeições acima do cooktop é uma solução inteligente para cozinhas pequenas | Foto: Rogério Medeiros

Existem uma variedade de utensílios que reúnem charme e personalidade, mas nem sempre são eficazes no que diz respeito a boa utilização do espaço. De acordo com a experiente arquiteta, o caminho é sempre buscar itens fabricados com materiais de qualidade e que dialoguem com o estilo do décor proposto para a cozinha. No capítulo eletrodomésticos, ela reforça a importância de definir a seleção antes da execução da marcenaria. “Pensando em uma execução planejada e sob medida, eles não podem ser definidos depois. Essa combinação nos permite executar uma cozinha de excelência“, enfatiza Gigi.

3.     Priorize uma boa iluminação

Um bom projeto luminotécnico para a cozinha é uma iluminação geral, como visto no perfil da foto, e algumas pontuais em cima da bancada | Foto: Divulgação

Para Gigi, é muito importante trabalhar dois tipos de iluminação na cozinha. A luz geral, em de tonalidade branca com temperatura entre 3000 K a 4000 K, pode ser considerada para abranger todo o ambiente. Além disso, ela reforça a relevância de nunca desconsiderar focos de iluminação pontual, como o fogão, ilha, bancada ou a mesa da copa. “Nessas situações, recursos como trilhos de luz fixados no teto, pendentes e fitas de LED embutidas são bastante versáteis e respondem bem em diversas situações“, afirma a profissional.

4.     Planejamento com a regra do triângulo

Uma das melhores configurações de cozinha é feita a partir da regra do triângulo, com pontas que englobam a geladeira, pia e fogão. A execução desse layout facilita a mobilidade no espaço, pois o morador não precisa realizar um longo deslocamento entre as áreas e consegue preparar tudo com mais facilidade.

5.     Ilha uniforme

A cozinha com ilha virou uma tendência na arquitetura, a ilha como elemento central permite a circulação e socialização das pessoas ao redor| Projeto Gigi Gorenstein Arquitetura | Foto: Alessadra Bomeny

A ilha se tornou o sonho de muitos moradores que admiram um estilo mais contemporâneo dos layouts de cozinha, principalmente aquelas que são abertas e integradas com a área social. A arquiteta Gigi Gorenstein recomenda a uniformização das alturas, independente da finalidade de cada trecho. “Muitas pessoas acham necessário determinados desníveis entre uma área e outra, mas sempre explico que esses dentes formados atrapalham a unidade visual, bem como a utilização no dia a dia. O ideal é que a ilha e a bancada sejam firmadas em uma mesma altura“, detalha.

6.     Substitua os frontões

Para quem investe em revestimentos que valorizam a parede da pia, uma boa alternativa para substituir o frontão costuma ser os baguetes, visando um maior destaque para o revestimento escolhido. Os frontões costumam ser altos, cerca de 10 a 30 cm e chegam a roubar detalhes da cozinha.

Neste projeto realizado por Gigi Gorenstein, o emprego de uma discreta baguete para dar acabamento do tampo foi essencial para valorizar os azulejos brancos com texturas| Foto: Andre Castellan

7.     Tipos de revestimento

Por último, a cozinha funcional deve ser executada com acabamentos resistentes, evitando futuras reformas. Por exemplo, em seus projetos Gigi prioriza o acabamento da marcenaria com melamina, em detrimento à laca e outros tipos de pintura que são revestimentos mais fáceis de sofrer algum dano após uma batida ou algo do tipo. Para bancadas, a preferência é usar quartzo e seus derivados, evitando pedras naturais que mancham com mais facilidade.

Sobre Gigi Gorenstein Arquitetura

Gigi Gorenstein é arquiteta e designer de interiores, formada pela Universidade Paulista, atua no mercado desde 1998. Em 2008, partiu para carreira solo quando descobriu a sua própria identidade dentro do universo da Arquitetura e Interiores. Há 14 anos está à frente do escritório Gigi Gorenstein Arquitetura e Interiores, onde desenvolve projetos residenciais, interiores e comerciais, buscando excelência e personalidade através de técnicas e conhecimentos adquiridos através de 22 anos de experiência. Para pessoas sofisticadas e antenadas, oferece de forma leve e interessante a execução de um projeto arquitetônico completo com qualidade e segurança buscando unir funcionalidade e estética.

@gigigorenstein_arquitetura